Marchantes de todos os estados do Brasil acompanharam emocionadas o lançamento do vídeo documentário, no dia 30 de julho, no Sindsaúde (Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde). Por diversas vezes, as presentes repetiram músicas cantadas durante a caminhada que durou 11 dias, realizando o percurso de Campinas a São Paulo. O documentário com 40 minutos, dirigido por Aline Sasahara, reproduz momentos alegres e difíceis de todos os dias da caminhada, traz depoimentos de marchantes, da coordenação da Ação 2010, mostra o trabalho das comissões, as músicas, as atividades culturais e de formação política.
Realizada entre os dias 8 e 18 de março, a marcha faz parte do calendário da 3ª Ação Internacional da MMM, período onde foram realizadas ações públicas de diferentes maneiras em mais de 20 países. O período de 7 a 17 de outubro deste ano marcará o encerramento da Ação 2010, com manifestações simultâneas em vários países e uma grande mobilização internacional em Sud Kivu, na República Democrática do Congo. A intenção principal é mostrar solidariedade com as mulheres que vivem em situação de guerra e fortalecer seu protagonismo na resolução dos conflitos.
São quatro os campos de ação que norteiam as atividades: bem comum e serviços públicos; paz e desmilitarização; autonomia econômica das mulheres; violência contra as mulheres. Além dos dois períodos principais, a MMM tem participado e organizado atividades em várias partes do mundo.
Europa e Américas
No final do mês de junho (29 e 30), cerca de 500 mulheres, vindas de 23 países, participaram de uma ação regional européia da Marcha, antecedendo o Forum Social Europeu. Integrada por mulheres da Albânia, Macedônia, Polônia e Grécia, a Caravana Feminista dos Bálcãs partiu de Tessalonica, na Grécia, e viajou 14 horas para cruzar a fronteira com a Turquia, fortemente militarizada. Segundo a MMM, a iniciativa pretendeu dar visibilidade à situação de opressão patriarcal e discriminação social que atinge muitas mulheres dessa região. Cultura e debates envolveram todas as mulheres.
No Forum Social Américas – que acontece entre os dias 11 e 15 de agosto, no Paraguai – duas atividades principais marcarão a presença da MMM. Além do lançamento do video documentário, será realizado o seminário “Em marcha até que todas sejamos livres – construindo lutas e alternativas feministas para a América Latina”, onde será apresentada a 3ª Ação Internacional e debatido o conteúdo político da plataforma e a agenda feminista para a região. O FSA contará com a participação de militantes da MMM Brasil, Chile, Bolívia, Cuba, Peru, Paraguai e outros países também presentes na atividade.
Em aliança com outros movimentos, a MMM participará também da Assembléia dos Movimentos Sociais, da Plenária Continental da Campanha América Latina de Paz – Fora Bases Militares Estrangeiras, Mudanças Climáticas: Rumo a Cancun – estratégias dos movimentos sociais na luta frente às mudanças climáticas após Cochabamba, Agronegócios, soberania Alimentar e mudanças climáticas. Numa perspectiva de autonomia econômica para as mulheres, a MMM constrói, junto com a REMTE (Rede de Mulheres Transformando a Economia), as atividades Mulheres frente ao capitalismo – pela construção de modelos alternativos, Economia para a vida – as mulheres na construção do bem viver e Mudança Civilizatória: visões e aportes feministas.
A MMM Brasil participará ainda na Colômbia, entre os dias 16 e 23 de agosto, do Encontro Internacional de Mulhere e Povos das Américas contra a Militarização. Tal encontro pretende “dar conhecimento da crítica situação de conflito armado e social que enfrentam hoje os povos das Américas, em particular o da Colômbia”, cujo governo tem um acordo militar com os Estados Unidos desde 2009, permitindo o uso de bases e instalações civis e militares, que afeta todo o continente.
Com informações da MMM/SOF