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O escritor Marcelo Rubens Paiva recusou a comenda da Ordem do Mérito Cultural oferecida pelo Ministério da Cultura (MinC) em reconhecimento ao seu trabalho. A homenagem seria mais que merecida, e ele disse que a aceitaria se viesse de um governo legítimo. O problema é justamente esse.
“Vou declinar.” disse ele, por email, ao representante do MinC que o contatou para informar da indicação de seu nome. “Sou um democrata, não aceito a forma como o novo governo foi conduzido ao poder. Aceitaria se fosse de um governo eleito pelo voto direto”,
Marcelo é filho do engenheiro Rubens Paiva, engenheiro assassinado pela ditadura militar em 1971 e que é lembrado em uma exposição do Congresso que homenageia o centenário do deputado Ulisses Guimarães. Uma das frases do parlamentar exibidas no corredor da Câmara Federal diz: “A sociedade foi Rubens Paiva. Não os facínoras que o assassinaram”.
A comenda seria entregue no dia 5 de novembro, em que se comemora o Dia Nacional da Cultura. Não se sabe ainda quem são os demais indicados para a homenagem, nem se aceitarão.