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O editor da revista “New Republic”, escreveu, em dezembro de 1914, uma matéria intitulada “O Legendário John Reed”, uma tentativa de desacreditar aquele que, sem a menor sombra de dúvidas, era o melhor escritor- jornalista de seu tempo: “Por temperamento, ele não é um escritor profissional ou repórter. Ele é uma pessoa que gosta de si mesmo.” E desferiu um golpe: “Reed não é imparcial e tem orgulho disso.”
Reed respondeu-lhe: “Se imparcialidade significa conivência com a elasticidade na versão dos fatos contados pelos poderosos e pelos sanguinários, então sou parcial, pois estou sempre do lado da verdade e da civilização”.
De sua cobertura jornalística da Revolução Mexicana de Pancho Villa, surgiria seu primeiro livro. “México Insurgente”, editado em 1910. No Colorado ocorreu um massacre de mineiros em greve e lá estava Reed. Um segundo livro, “A Guerra do Colorado”.
A Primeira Guerra Mundial encontrará o repórter John Reed na Europa. Em 1916, de volta aos EUA, editou seu terceiro livro: “A Guerra nos Balcãs”.
Com Louise Bryant partiu para a Finlândia, onde foi preso e todos seus papéis roubados. Por interferência dos socialistas russos, conseguiu novo visto e seguiu viagem para Petersburgo, onde realizou a cobertura da Revolução Soviética. Com o prefácio de Lênin, o livro “Os dez dias que abalaram o mundo” ganhou uma primeira edição americana, a obra que inaugurou a grande reportagem do jornalismo moderno. O livro, sucesso no ocidente, foi condenado ao ostracismo na U.R.S.S. por dezenas de anos, graças à sua não ortodoxia política.
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