A 24ª edição do Grito dos Excluídos reforça o objetivo da mobilização, que é ocupar os espaços públicos e exigir do Estado a garantia do acesso e a universalização dos direitos básicos, como educação, segurança pública, saúde, transporte, alimentação saudável, saneamento básico e moradia.
No dia em que lembramos a declaração de independência do Brasil, acontece também por todo o País a edição de 2018 do Grito dos Excluídos, protesto anual idealizado por pastorais e movimentos populares.
O ato não acontece em 7 de setembro por acaso: é um convite àqueles tomados pelo espírito de patriotismo para um debate sobre a construção de uma nação mais democrática e menos desigual.
Algumas entidades e organizações participam da atividade, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS). “É fundamental somar nossos esforços e fortalecer a luta em defesa da democracia, da saúde e de uma sociedade menos desigual”, afirma o presidente do Conselho, Ronald dos Santos, ao convocar a população para participar das manifestações. “Precisamos também de ampla participação dos conselhos estaduais e municipais de saúde nesta edição do Grito dos Excluídos, que também denuncia o desmonte do SUS”, completa.
Em julho, o CNS se reuniu com a coordenação do Grito dos Excluídos no 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão), no Rio de Janeiro. O encontrou contou com a participação de conselheiros de saúde e diversos atores sociais em defesa do SUS, que se uniram para a mobilização da 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª + 8). O maior evento de participação social do Brasil será realizado em julho de 2019.
A 16ª conferência tem como eixos temáticos Saúde como Direito, Consolidação do SUS e Financiamento Adequado. Ela também chamada de 8ª + 8 como um resgate à memória da 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, considerada histórica por ter sido um marco para a democracia participativa e para a criação do SUS.
O grito
O Grito dos Excluídos surgiu em 1994, a partir do processo da 2ª Semana Social Brasileira, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo tema era Brasil, alternativas e protagonistas, inspirada na Campanha da Fraternidade de 1995, e lema: A fraternidade e os excluídos.
O primeiro Grito dos Excluídos foi realizado em 1995 e, desde então, ocorre todos os anos no dia 7 de setembro, como um contraponto ao Grito da Independência. O Grito dos Excluídos é um espaço aberto para denúncias sobre as mais variadas formas de exclusão, com a finalidade de defender a vida dos excluídos e excluídas e assegurar os seus direitos e vozes.
Atos em todo País
Em São Paulo, serão dois atos. O primeiro terá início às 9 horas da manhã, na Praça Oswaldo Cruz, com caminhada finalizando no Monumento das Bandeiras. O segundo ato acontece às 10 horas da manhã no Largo São Francisco, com caminhada pelo centro da cidade e encerramento do ato na Praça do Correio com uma homenagem ao falecido bispo João Paulo Evaristo Arns.
Em Belo Horizonte, a manifestação deste ano está agendada para sexta, às 9h, na Praça da Rodoviária. Durante a caminhada que acontecerá até a Praça Sete, haverá shows e apresentações culturais e artísticas.
Na capital federal haverá concentração a partir das 9h30, no Museu Nacional. Na cidade de Tucumã, no Pará, haverá uma passeata, com concentração às 7h30 da manhã, na praça da Igreja Matriz, católica, com encerramento na Praça Ronan Magalhães.
Outras cidades:
Diocese de Campina Grande/PB: 07/09, no Pátio da Catedral, Av Floriano Peixoto, centro, das 8 às 11:30 horas – acolhida, celebração ecumênica, ato/gritos/dinâmicas e caminhada.
Boa Vista/RR – Diocese de Roraima: 07/09, concentração às 16 horas, na Avenida San Sebastián; às 16:30 horas saída rumo à Praça Germano Sampaio, onde haverá um ato cultural.
Campinas/SP: 07/09, concentração às 9:00, no Largo do Pará, centro da cidade.
São João Del Rei/MG: 07/09, concentração às 8:00 horas, em frente ao teatro municipal.
Mais informações
CNBB Regional Sul 1, localizada na Rua Conselheiro Ramalho, 726, Bela Vista, São Paulo (SP)
Telefone (11) 2272-0627