Karina Miotto
O documentário “Eles Mataram Irmã Dorothy”, do diretor Daniel Junge, na quarta-feira (28/1), fez muita gente se emocionar no segundo dia do Fórum Social Mundial (FSM), em Belém (PA), e também na quinta-feira (30/01), quando o filme foi visto ao ar livre em frente ao navio Arctic Sunrise, na Estação das Docas.
A primeira exibição foi seguida de um debate entre o diretor da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil, Paulo Adario, Daniel Junge (diretor do documentário), irmã Jane (do Comitê Dorothy), padre Amaro (da Comissão Pastoral da Terra – CPT de Anapu) e Felício Pontes (Ministério Público Federal no Pará), além de moradores de Anapu. No dia seguinte, um dos convidados presentes na platéia era David Stang, irmão de Dorothy.
Um dos objetivos do filme é impulsionar discussões a respeito da impunidade e da falta de governança na região amazônica. Afinal, Dorothy foi covardemente assassinada em Anapu (PA) em 2005. “Uma vergonha que o assassino ainda não tenha sido condenado”, lembra padre Amaro.
Há quatro anos Lula criou o PDS Esperança em Anapu. No entanto, o PDS até hoje não foi implementado e inclusive sobre com o desmatamento. “Projetos de manejo são uma farsa nesse governo. A madeira sai de dia e de noite”, afirmou padre Amaro. “Este não é um filme americano, é brasileiro. Isso é Brasil”, complementou Paulo Adario durante o debate ocorrido na quarta-feira.
Reflexões a respeito coragem e da luta pacífica da missionária Dorothy Stang também são inevitáveis após assistir ao documentário. Quando teve a palavra, após a primeira exibição do documentário pelo Greenpeace, irmã Irene afirmou: “acima de tudo, este filme é a história de um povo que luta por um mundo melhor”.