Chegamos ao final do século emaranhados nas possibilidades de trocar informações, de se envolver em miscelâneas culturais ou fazer amizades virtuais com qualquer cidadão do planeta todo, desde que se esteja conectado à internet.
Mas, se pensarmos pelo viés da miscelânea cultural, fomos nós, os latino-americanos, mais certeiramente nós brasileiros e – por força de um desenvolvimento mais avançado – nós paulistanos, os pioneiros em construir uma sociedade tão democrática quanto diversa ao abrir as portas para estrangeiros que debandaram de seus países de origem após crises econômicas e duas guerras mundiais.
São Paulo é isso: o encontro de todas as culturas, raças e modos de viver. E o melhor de tudo é que não acontece num ambiente virtual, mas real e factível.
O Festival das Estrelas – São Paulo Sendai Tanabata Matsurié, que aconteceu neste fim-de-semana em São Paulo, é um bom exemplo do mix cultural paulistano. O evento, considerado a maior festa folclórica do Japão no Brasil, é realizado no tradicional bairro japonês da Liberdade.
A festa é inspirada na estória de um amor impossível.
Conta a lenda que Tenkou, o “Senhor Celestial”, apresentou à sua filha Orihime um jovem e belo rapaz chamado Kengyu, o “Pastor do Gado”. Orihime, uma linda princesa que morava próxima à Via Láctea, e Kengyu apaixonaram-se fulminantemente de forma que suas vidas passaram a girar em torno do romance. Indignado com a negligência em relação às responsabilidades de cada um, Tenkou separou os dois e impingiu-lhes uma separação cósmica, onde cada um passou a morar em lados opostos da Via Láctea. Porém, o sofrimento da princesa foi tamanho que ele, então, permitiu que uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar, os dois pudessem se encontrar em algum lugar do universo, desde que cumprissem sua ordem e atendessem a todos os pedidos feitos na terra!
O curioso é que no céu, Orihime é representada pela estrela Veja (a mais brilhante da constelação de Lira), enquanto Kengyu é representado pela estrela Altair (a mais brilhante da constelação de Áquila). Ambas estão dispostas no céu em pontos opostos da Via Láctea e, de fato, são vistas da terra ao mesmo tempo apenas uma vez por anoAssim, realiza-se na cidade o Festival das Estrelas que, talvez, seja a maior festividade tradicional do Japão no Brasil. Conta a lenda que Tenkou, o “Senhor Celestial”, apresentou à sua filha Orihime um jovem e belo rapaz chamado Kengyu, o “Pastor do Gado”. Orihime, uma linda princesa que morava próxima à Via Láctea, e Kengyu apaixonaram-se fulminantemente de forma que suas vidas passaram a girar em torno do romance. Indignado da negligência com as responsabilidades de cada um, Tenkou separou os dois e impingiu-lhes uma separação cósmica, onde cada um passou a morar em lados opostos da Via Láctea. Porém, o sofrimento da princesa sua filha foi tamanha que ele, então, permitiu que uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar, eles pudessem se encontrar em algum lugar do universo, desde que cumprissem sua ordem e atendessem a todos os pedidos feitos na terra!
Durante o festival é prestada uma bela homenagem ao sentimento entre Orihime e Kengyu, com enfeites feitos de papéis multicoloridos suspensos sob as ruas, simbolizando as estrelas de Tanabata. Longas fitas coloridas que balançam com o vento remetem à idéia de cometas que cruzam os céus, lembrando os pedidos feitos na ocasião da visão das estrelas cadentes. Mas o visitante não fica só olhando, ele pode escrever seus desejos em folhas de papel que ficam penduradas em bambus. Dizem que se realizam!