A mostra central do Festival Latinoamericano de la Clase Obrera (Felco) abre hoje, às 13h, na Cadopô (Rua Afonso Pena, 272, metrô Tiradentes, São Paulo). Entre 13h e 16h serão exibidos filmes sobre artistas latinoamericanos e sobre migração. Às 16h30 acontece um debate sobre a formação de uma Frente de Cultura que vai abordar, entre outros pontos, a experiência do Arte contra a barbárie, que conquistou a lei de fomento ao teatro; e a cultura da periferia.
Na segunda-feira, dia 4 de dezembro, a Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST, vai abrigar as sessões de filmes sobre questões institucionais, como “O espetáculo democrático”, de Guilherme César e de filmes sobre Insurreições populares, como “¡Fusil, metralla! ¡El pueblo no se cala!”, do coletivo de vídeo Tercer Mundo, da Bolívia, com a presença de seus realizadores. Haverá transporte gratuito para a escola, que se localiza em Guararema. O ponto de encontro é a Praça João Mendes, em frente ao Corpo de Bombeiros, às 12h.
A partir de terça-feira o festival acontece no auditório do Sinsprev (Rua Antônio de Godoy, 88, metrô São Bento), com sessões das 13h às 18h e debates às 19h. O debate de quarta-feira, “Estetizar a política X politizar a estética”, pergunta “como subverter as formas viciadas de roteirização, fotografia, som e montagem da indústria capitalista”.
O Felco é um festival de cinema e vídeo dedicado às lutas, realidade e cultura da classe trabalhadora no continente latino-americano. A terceira edição do Felco está sendo realizada este ano, 2006, no Brasil, na Argentina e na Bolívia. O festival teve uma fase itinerante com exibições em comunidades, cineclubes, ocupações de sem-teto, acampamentos de sem-terra, fábricas ocupadas, universidades etc. O objetivo desta itinerância foi criar uma rede de distribuição independente, democratizar o acesso aos filmes e realizar debates sobre o conteúdo e a linguagem dos mesmos. Mais de 20 cidades brasileiras seguem exibindo os filmes do Felco, para além do festival.