Dostoievski e a denúncia da manipulação das massas pela religião.

Ou “os homens preferem a calma bruta da escravidão”, exceto os revoltados.
“O Grande Inquisidor” é uma lenda contada por Ivan Karamazov a seu irmão Aliocha. Ela tem como palco a cidade de Sevilha; seu tempo é o auge da repressão do estado espanhol atrelado à Igreja Católica no século XVI.
A lenda é prometeica pois ao fincar os pés no passado, permitiu tanto ontem como hoje antever o futuro manipulável da sociedade de massas. A religiosidade utilitária aponta tanto para as recusas de liberdade real nas sociedades modernas e pós-modernas, quanto para formas tão somente exteriores das denominadas “democracias representativas”.
Esse capítulo essencial de “Irmãos Karamazovi”, prenuncia-se profético quanto aos regimes totalitários do século XX e que ensaiam sua retomada no século XXI. Um sinal de alerta para as recusas de liberdade, para a invasão das privacidades, para as parvoíces hipócritas, para as mentiras, que “viralizadas” milhares e milhões de vezes, passam a ser são tidas como verdades.
Sinaliza também a vulgaridade espantosa da cultura de massas, o consumismo desmedido. Também e, principalmente, os homens que buscam líderes, mágicos ou tiranos, até mesmo pastores religiosos, que retirem da mente dos homens transformados em rebanhos as reações de revolta contra as injustiças sociais e a busca por liberdade.

Carlos Russo Jr.

Convidamos á leitura de nosso ensaio emhttps://www.proust.com.br/post/dostoievski-e-a-den%C3%BAncia-da-manipula%C3%A7%C3%A3o-das-massas-pela-religi%C3%A3o

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