O século 21 assiste ao avanço da globalização neoliberal, em que tudo se
vende e tudo se compra. O militarismo do império abre caminhos para o
capital e suas empresas transnacionais apoiados pelo FMI, Banco Mundial, OMC
e pelas grandes corporações da mídia. Países são destruídos, povos
subjugados, direitos reduzidos, a natureza assassinada.
Por outro lado cresce a organização da sociedade por meio de movimentos
sociais e populares, grupos, redes, marchas e outras formas de articulação.
Em suas lutas e construções no dia-a-dia, o povo demonstra que outro mundo,
outra sociedade e outro desenvolvimento são possíveis.
No Brasil, os movimentos têm criado alternativas para resistir e fazer
frente aos governos neoliberais dos anos recentes. Foi o que fizeram nos
plebiscitos e campanhas contra a dívida e contra a Alca e também nos fóruns
e semanas sociais. Nos anos de 2005 e 2006, a realização das Assembléias
Populares tem contribuído para o fortalecimento desse processo. Acontecem
inúmeros encontros, debates e articulações em dezenas de cidades. Em outubro
de 2005 mais de oito mil pessoas se reuniram em Brasília na Assembléia
Nacional. O desafio dos movimentos, organizações e militantes presentes é
construir um projeto de todas e todos que articule as idéias e propostas
para “O Brasil que queremos”.
Hoje, aproximadamente 40 entidades nacionais configuram a articulação
nacional da Assembléia Popular: Mutirão por um Novo Brasil, entre elas a
Campanha Contra a Alca, a Semana Social Brasileira, as Pastorais Sociais, o
Grito dos Excluídos, os movimentos da Via Campesina, Marcha Mundial de
Mulheres e a Central de Movimentos Populares.
É importante ressaltar que Assembléia Popular é, por um lado, um espaço de
reagrupamento e articulação dos movimentos populares, por outro, um modo de
proceder, um método e uma pedagogia de consulta e de debate, através do qual
o povo pode levantar os seus problemas e aspirações*. *Esse processo
participativo tem como objetivo, através da promoção de lutas conjuntas,
desembocar na construção (desde a base até o plano nacional) de um Projeto
Popular para o Brasil.
A juventude não poderia ficar fora desse processo, entendendo que ela tem,
também, um papel protagonista na construção de um projeto popular para o
Brasil. A fim de incluir de fato a juventude e enxergando que ela necessita
de uma metodologia de trabalho diferenciada, por ter um ponto de vista
próprio e exercer sua luta em outros campos, é iniciada a construção da
Assembléia Popular de Juventude.
A Assembléia Popular de Juventude partiu de uma discussão da Plenária
Estadual da Assembléia Popular-SP em dezembro de 2006, onde a juventude
presente, depois do debate, colocou a necessidade da construção da APJ, não
para substituir os outros espaços organizativos que já existem, mas como
pólo de discussão e organização das lutas da juventude de forma ampla,
tomando como subsidio histórico e metodológico o processo da Assembléia
Popular, fomentando assim o diálogo com a comunidade, com o objetivo de
consultar os jovens, para que, com a sua própria perspectiva, a juventude
possa construir um plano de lutas para alcançar o projeto popular.
Começamos a preparação de nossa Assembléia e, desde janeiro, estamos
construindo coletivamente o processo com vários outros movimentos juvenis
como MIRE – Mística e Revolução, Educafro, Caifazes, UJC, JCML, Juventude da
Consulta Popular, Juventude do MST, Juventude Operária Católica, Juventude
do PT, entre outras que se somam ao longo do processo.
Conseguimos ao longo desse período afirmar e esclarecer alguns de nossos
objetivos: ser um espaço autônomo; construir nosso próprio rpocesso
articulado ao processo nacional; contemplar as diferenças entre os
movimentos; ser suprapartidário e nossa prioridade e compromisso serem com a
juventude trabalhadora, tendo como seu horizonte a construção de um projeto
popular que dê sentido as aspirações e as lutas da juventude.
Enxergamos que a luta é árdua e que não estamos sozinhos, então convocamos
os movimentos e organizações que queiram se somar a este projeto de diálogo
direto com a juventude a entrar em contato e nos ajudar na construção de
muitas e muitas Assembléias Populares de Juventude e fazer parte deste
“Mutirão por um novo Brasil”.
Assembléia Popular de Juventude – São Paulo
Endereço eletrônico: apjuventudesp@yahoo.com.br
Grupos eletrônico: apjsp@yahoogrupos.com.br
Telefone: (0xx11) 3105-2516
Agenda do dia 9 de Março
08:00 – Abertura do Credenciamento
09:00 – Mística de abertura
09:15 – Resgate da Assembleia Popular e
Assembleia Popular de Juventude/Metodologia
10:00 Café
10:15 Resgate Histórico das Lutas da Juventude
11:15 Debate em Plenária
12:00 Almoço
13:30 Grupos por região
15:30 Café
15:45 Plenária
16:45 Encaminhamentos
18:00 Encerramento
18:15 – Jantar
20:00 – Noite Cultural
Apresentação Teatral: Grupo do Colégio Equipe c/ a Peça “Aqueles que dizem sim e aqueles que dizem não” de Bertold Brecht