Foto: Movimento de Mulheres Camponesas
Depois das últimas mobilizações contra a assinatura de um convênio entre a Aracruz Celulose e a Universidade Federal do Rio Garnde do Sul, uma boa notícia: o assunto saiu da
pauta de votação do Conselho Universitário (ONSUN/UFRGS).
Foram feitas reuniões, apresentação do Filme
“Celulose no Pampa no Bar Avohai e marcha em conjunto com as Mulheres da
Via Campesina, para alertar contra o convênio.
O objetivo da empresa era utilizar laboratórios e cientistas da universidade para realizar pesquisas…só que essas
pesquisas, ou melhor, os conteúdos dessas pesquisas não poderiam ser divulgados durante o
período de 4 anos, ou seja, totalmente sigilosas.
Aí a grande pergunta que fica: uma universidade pública trabalhando para uma empresa
privada??
Os estudantes e as mulheres camponesas andaram pelas ruas de Porto Alegre
protestando contra as agruras do presidente Bush e da
governadora Yeda e também divulgando a campanha pela
Soberania Alimentar, na marcha Mulheres em Defesa da Vida e da Natureza!.
Enquanto isso representantes da Via Campesina, DCE UFRGS, GARRA e FEAB
participavam da audiência com o reitor que aceitou retirar da pauta do
Conselho o convênio com a ARACRUZ.
Daqui para frente será aberto um processo de debates na UFRGS em torno das
parcerias entre a universidade e o setor privado e
outras questões que se entrelaçam, como o tema do deserto verde.
Essa foi sem dúvida alguma uma vitória para os que lutam por um outro mundo
possível. O convênio com a Aracruz foi freado graças ao esforço de
mobilização promovido pelo movimento estudantil e outros movimentos sociais
(ambientalistas, sindicalistas, camponeses).
Estão em jogo nesse debate pautas históricas do movimento de educação como
autonomia universitária (científica, administrativa,…), paridade nos
conselhos universitários, referência social.