Negamos, sempre, a supremacia branca, a supremacia patriarcal, a supremacia geopolítica e, agora, a supremacia dos idiotas. Apesar do presidente separatista e do ódio utilizado como combustível pela da classe dominante.
1. Agora temos um presidente separatista, que não contente em governar para uma parcela da população dividida por faixa de renda, apontando apenas para os mais ricos é claro, e para a sua família em particular, propõe, explicitamente, frente a grupo de jornalistas internacionais, o total desprezo pela Federação e por uma região do país, numa demonstração de ódio e racismo.
2. Se fôssemos contar a história do ódio no Brasil contemporâneo, essa história teria sotaque sudestino, tal qual o do disfuncional síndico que ora ocupa o planalto no papel de presidente. Os sons que ocuparam as redes de comunicação disseminando o ódio contra pretos, pobres, indígenas e nordestinos, além de mulheres e homossexuais e, claro, a esquerda ou qualquer tipo de pensamento progressista, ecoaram muito fortemente com erres dobrados ou esses chiados.
3. Acredito que não se trata do povo sudestino, que é tão maltratado quanto o de qualquer outra parte do país. O ódio é o combustível da classe dominante, que ocupa endereços com metros quadrados caríssimos, seja em Paris, Miami, Higienópolis, Leblon ou Barra da Tijuca, e só se mantém nessa posição de suposta superioridade se apontarem para o outro. E esse outro, via de regra, está na classe trabalhadora.
4. Para tirar uma mulher da presidência, os golpistas Temer e Cunha, a serviço dos interesses do capital, aproveitaram o terreno fértil produzido por essa estratégia e conseguiram apoios movidos pelo combustível do ódio, do preconceito, e da mesquinharia. Tirar o país do mapa da fome era e é ameaçador para esse tipo de político que se multiplica rapidamente, vide o síndico e suas crias, dominando a máquina pública do executivo, do legislativo, do judiciário, das forças armadas e do crime altamente organizado.
5. O trio sul-sudestino formado pelo síndico e seus penduricalhos, arrota grosserias e preconceitos enquanto se ocupa em destruir qualquer mínima dignidade que o país já teve. Dão-se ao trabalho de prejudicar navios iranianos, parceiros comerciais importadores de grãos produzidos por aqui, submissos às ordens do patrão Trump que proibiu o fornecimento de combustíveis. Relinchos e falta total de princípios, distribuindo o país como se fosse seu, utilizando a máquina pública como se fosse sua, sem nenhum respeito ou comedimento, com uma atitude tosca e desqualificada, sem se dar ao trabalho de sequer apresentar um projeto coerente aos condôminos.
6. A opção proto-fascista dessa sociedade que faz coro aos absurdos sons do trio, não se pergunta que nefasto meio de transporte vai usar ou para onde vai. O povo brasileiro, nortista, nordestino, sudestino, ou sulista, o Povo com pê maiúsculo, há de se inspirar na bandeira da Paraíba, e no seu verbo firme e corajoso. NEGO. Negamos, sempre, a supremacia branca, a supremacia patriarcal, a supremacia geopolítica e, agora, a supremacia dos idiotas.
Povo brasileiro, Nordestinos de todos os cantos, uni-vos! Façamos a nossa própria geopolítica!.
Salve, ó berço do heroísmo,
Paraíba, terra amada,
Via-láctea do civismo
Sob o céu do amor traçada!
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Depois, quando o Sul, instante,
Clamou por teu braço forte,
O teu gládio lampejante
Foi o Diamante do Norte!
[…]
Hino da Paraíba – Letra de Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo, e composição de Abdon Felinto Milanês.
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