Enquanto passamos mais um vexame internacional com o disfuncional presidente eleito correndo para comemorar o dia da independência dos Estados Unidos morremos.
São 240 tipos de agrotóxicos diferentes num impacto irreversível. Se contarmos que estamos diante do maior desmatamento da Amazônia que já se conseguiu fazer, sobreviveremos muito pouco tempo.
Um trabalho da geógrafa Larissa Mies Bombardi, da USP lançou um atlas “Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia”. No trabalho está contabilizado os resíduos de agrotóxico permitidos em alimentos, na água potável, no solo, que provoca doenças, mutações genéticas e mata.
“O Brasil é campeão mundial no uso de pesticidas na agricultura, O feijão, a base da alimentação brasileira, tem um nível permitido de resíduo de malationa (inseticida) que é 400 vezes maior do que aquele permitido pela União Europeia; na água potável brasileira permite-se 5 mil vezes mais resíduo de glifosato (herbicida); na soja, 200 vezes mais resíduos de glifosato, de acordo com o estudo, que é rico em imagens, gráficos e infográficos. “E como se não bastasse o Brasil liderar este perverso ranking, tramita no Congresso nacional leis que flexibilizam as atuais regras para registro, produção, comercialização e utilização de agrotóxicos”, relata Larissa.
O atlas foi lançado na Alemanha, país que sedia a Bayer/Monsanto, que agora estão unidas amplificando sua capacidade mortífera. A fusão das duas empresas lidera as vendas de glifosato. Essas indústrias que operam livremente no país de Bolsonaro, que controlam a cadeia alimentar agrícola, são rigorosas com o uso desses pesticidas nos seus países de origem e têm caminho livre por aqui. Talvez fosse isso que Merkel poderia ensinar a Bolsonaro, a gente fica rico mas destruindo o país dos outros. Quem destrói a própria nação?
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