Crime de Brumadinho: 225 pessoas mortas e 52 pessoas desaparecidas. Uma bacia hidrográfica morta, o rio Paraopeba morto, e o ministro do meio ambiente pretende premiar a Vale por esses feitos entregando a ela 7 parques nacionais para administrar. Fábio Schvartsmann segue livre a sua vida.
1. Medo, surpresa ou violenta emoção. Seremos mortos assim como moscas. Sobre o assassinato do músico Evaldo Rosa, o vice-presidente Mourão comenta a péssima pontaria dos militares envolvidos, 80 tiros só atingiram um alvo. E justifica: “sob pressão e forte emoção ocorrem erros dessa natureza”. Para os que consideram Mourão palatável, o discurso é bastante condizente com o governo fascista que representa.
2. Uma deputada do PSL, o partido do presidente, apontada como uma das laranjas utilizadas pelo ministro do turismo, diz estar sendo ameaçada de morte. Única voz solidária vem de Janaína Paschoal, que pede a demissão do ministro. São as diárias brigas intestinas das facções no poder.
3. O presidente do PSL exige a retirada do deputado Marcelo Freixo de um debate numa universidade federal.
4. O desabamento de dois prédios no Rio de Janeiro, que não foram interditados por ação de uma juíza, que impediu, expõe o que se pretende para o Brasil. O Rio é o laboratório das milícias que influenciam ou ocupam diretamente, em todas as instâncias, os poderes, executivo, legislativo e judiciário. As milícias também têm braços no capital financeiro, capital imobiliário, e em todos os ramos que se mostrem rentáveis.
5. Mas meia tonelada de cocaína é encontrada num helicóptero, dessa vez em São Paulo. Não acontecerá nada, como sempre. As forças armadas oficiais e a polícia estão ocupadas em matar famílias que estão passeando aos domingos. A guerra às drogas não inclui os políticos, especialmente se forem ligados ao PSDB.
6. O Banco Itaú se decepciona com o governo que ajudou a eleger, e divulga redução da expectativa de crescimento da economia de 2% para 1,3%.
7. Enquanto isso, o presidente eleito estimula os jovens a não participarem da vida política do país, papel que pretende exclusivo para seus filhos, que participam da vida pública e ocupam cargos reais e imaginários. Tem até um príncipe regente no pedaço.
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