Diário Não Oficial do Brasil – Dia 92/365

1. Em Salvador o Grupo Tortura Nunca Mais convocou a marcha do silêncio no dia primeiro de abril.

A concentração foi no Campo Grande, Praça Dois de Julho, onde fica o monumento alusivo às lutas pela independência do Brasil na Bahia, passou pela Praça da Piedade, onde está o monumento aos heróis da Revolta de Búzios, de 1798, e terminou num ato no Campo da Pólvora, antigo Campo dos Mártires, onde foi fuzilado o Padre Roma, por organizar a luta na Bahia no período da Revolução Pernambucana.

Na praça, em frente ao Fórum Ruy Barbosa, foi inaugurado em 2017 o Monumento aos Mortos e Desaparecidos na luta contra a ditadura civil militar de 1964. Percorrer o caminho das resistências num momento tão grave da história do país nos dá uma perspectiva do lado certo da história. Nos alenta.

2. O governo Bolsonaro produz uma fake news oficial sobre a ditadura civil militar no Brasil.

3. O presidente eleito foi a mais uma visita internacional para destruir nossa imagem, e nossas possibilidades de comércio internacional e de qualquer relação diplomática. A ação predatória é inédita na história de qualquer país.

Talvez ao fim do governo sejamos unanimidade, o significado secreto do slogan Brasil acima de tudo, na língua tatitibati da bolsofamília deve ser Todos contra o Brasil. O terraplanista ministro das relações exteriores não sabe o significado de relações nem de exteriores. Além de estarmos nos equilibrando na borda, ela fica cada vez menor.

Além de Netanyahu e Trump, quem ganha alguma coisa com a visita de bolsonaro a Israel, com todas as genuflexões e afrontas aos árabes? Porque nada é de graça, alguém está ganhando com isso e não somos nós. A destruição de todo um trabalho de diplomacia foi muito rápida, o Hamas se posiciona e deixa claro a sua insatisfação. Até agora, pasmem, o erro menor das suas aventuras diplomáticas foi chamar os chilenos de venezuelanos.

4. Algumas considerações sobre a cruzada do ministro da justiça pró-tabaco: O sistema tributário brasileiro é um absurdo, um parque de diversões para o capital financeiro, onde os lucros não são taxados, e o pobre paga todas as contas. A cruzada do ministro é por diminuir a arrecadação, diminuindo a taxação sobre o cigarro.

O mundo inteiro sobretaxa o cigarro por ser uma droga viciante e letal. O ministro que deveria estar lutando pela liberação da maconha, contra o encarceramento em massa, e pela mudança nas penas brutais, vira as costas aos nossos reais problemas, resolve romper os limites da sua pasta e cria um grupo de trabalho para favorecer a indústria tabagista.

O país só tem a perder, o que ganha o ministro? Quem com “conge” fere, com “conge” será ferido.

5. E o PIB, hein? No meio de toda a pantomima bolsonariana a previsão para o PIB desse ano cai pela quinta semana consecutiva, de acordo com o Boletim Focus do Banco Central, se aproximando do crescimento pífio de 2018. Os chicagos boys deixam rastros de destruição por ai…

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