Diário Não Oficial do Brasil – Dia 34/365

1. Então Queiroz finalmente conduziu o seu Senador para a posse. A mão invisível de Queiroz é poderosa, nessa quase falida democracia representativa .

2. O arcaico sistema eleitoral vai formando as piores bancadas que o dinheiro pode comprar. As mais famosas são as bancadas dos B, dos lobbys infinitos. Bancadas do Boi, da Bola, da Bíblia, da Bala e alguns outros Bês possíveis de imaginar. Cada lobby representando perda de direitos e retrocessos para o povo, mas representando muito bem o interesse da parcela do capital que o conduziu.

3. Nesse cenário, o Senado tende a tornar-se uma sucursal do escritório do crime, fabricando votos, tudo ao vivo, no estilo BBB do horror, mas principalmente fomentando o descrédito nos políticos e na política. O horror-espetáculo toma conta do público e deixa vazar as informações nos momentos certos, desnudando seus representantes, para que subitamente o olhar seja desviado para o lado e substituído pelos sussurros contra “tudo isso que está aí” ou pela “constatação” de que “esse país não tem jeito mesmo”, até a próxima eleição. Tudo que a não-política tem a oferecer.

4. E ficamos cada vez menores, cada vez menos representados. A fábrica de votos com dinheiro de caixa 2, a falsa moral e a fraude, refletem o país? Refletem o capital que já deixou claro que não quer conversa com a democracia. A democracia parece já não ser a melhor opção para os negócios.

5. E assim chegamos à 56 ª Legislatura. Em números são 513 deputados. 30 partidos. PSL e PT têm as maiores bancadas com 55 representantes cada. Senado : 81 senadores e 21 partidos. O MDB tem a maior bancada com 12 eleitos. À frente do senado e da câmara, 2 integrantes do DEM, que tem 7,4% dos senadores eleitos e 5,7% dos deputados.

6. Os movimentos sociais e partidos de esquerda terão que retirar o lixo tóxico e pensar as saídas e estratégias de combate.

7. Com essa arquitetura do mal, e com uma narrativa deixa que nos deixa em dúvida, O Senador tem seu Queiroz ou Queiroz tem seu Senador?

Se a política é correlação de forças, temos que ter claro que essas forças que ora estão no topo, estão armadas.

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