Imagem: Fred
1. O coronavírus passa a, definitivamente, dominar a cena.
2. A mídia corporativa faz jogo de cena, e pede ao senhor presidente para retirar-se. Assim, mui respeitosamente. Indignada, reafirma o título, chama de presidente, não de miliciano, inadequado, energúmeno ou assassino. A um presidente, ainda reconhecido como tal, não se diz simplesmente para se retirar, não há como desviar de um embate político, é preciso demonstrar a inépcia, a insustentabilidade, a desqualificação. Não dá pra acreditar que possa ser como uma simples ordem ou um pedido bem comportado para que se retire. Conversa pra boi dormir, anestesiado.
3. O disfuncional em questão encerra a expectativa em rede social: “Não. Bom dia”.
4. Este poderia ser o resumo do absurdo que o país vive hoje, mas não é. Já temos 77 mortes, numa curva, para os primeiros 30 dias, muito mais acentuada que a da Itália e numa aposta mais assassina que a do governo italiano.
5. O ministro da saúde, retirado de cena como especialista e retomando como apoiador incondicional, havia pedido ao tchutchuca 410 bilhões de reais para enfrentar a crise. Ao que parece, uma farra sensacional, compatível em desdém com a admissão do risco de morte da população nas ruas em sacrifício urgente pela vida da economia com problemas respiratórios crônicos. Disciplinado, assim como o chefe diz e desdiz, o ministro desdisse. Um pequeno erro de 400 bilhões. Para o sistema de saúde, esse que ele tentou desmontar antes da pandemia, basta dez bilhões (Jornal GGN).
6. Bannon gasta todo o seu repertório de baixo nível por aqui, e o síndico disfuncional se supera. Todo dia temos um absurdo novo, que é pra nos mantermos ocupados. A frase da vez foi: “Brasileiro pula em esgoto e não pega nada. Nem leptospirose ele pega, não pega nada” (Carta Capital). Deve estar se referindo aos seus 57 milhões de eleitores que, sabe-se lá por que, pularam nessa fétida opção.
Como diz o povo guajajara: Ehem Bolsonaro, nanekatu kwaw wy!! Fora Bolsonaro, você não presta!!
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