Imagem: Glauber Bedini/Govesp
1. Quarenta e nove desaparecidos e 31 mortos na Baixada Santista. As cidades brasileiras tratam a chuva como catástrofes inesperadas. Encapsulando rios, impermeabilizando o solo, empurrando as habitações para as encostas, assim funcionam as grandes cidades, sem exceção. O Guarujá é o município mais afetado após as chuvas, com o registro de 25 mortes, 44 desaparecidos e 249 desabrigados (Carta Capital).
2. Gabinetes de crise, desabrigados, desaparecidos, rios transbordando. No estado do Rio de Janeiro a capital e municípios da região metropolitana foram atingidos. Em Cataguases, Minas, 246 pessoas foram atingidas. Em Ubá, também em Minas, casas foram inundadas, pontes caíram, um prédio desabou, e a Prefeitura declarou estado de emergência.
3. Bom lembrar que o Ministério das Cidades, importante órgão de debate e planejamento dos municípios do Brasil foi extinto, e o modelo de urbanização adotado pelas cidades e referendado pelo planalto é de aumentar as desigualdades, o descaso com o meio ambiente e, consequentemente com a qualidade de vida das pessoas e com medidas preventivas e de segurança.
4. As águas de março mal começaram e tudo já se transforma em lama.
5. A lista de apoio à criação do novo partido do síndico disfuncional encaminhada à justiça eleitoral contém a assinatura de pessoas mortas. É a necropolítica que se materializa em todos os seus aspectos.
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