Dia 61 (426) – Ano 2 – O diversionismo na rinha de galo

Imagem: Oscar

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1. A agenda neoliberal de destruição do país segue, agora com a benção de FHC, que sai em defesa do ex-capitão, apesar das “rachadinhas” e outras mumunhas. A pauta é invejável, para não ficar pedra sobre pedra das políticas sociais que um dia fizeram a diferença, para os brasileiros e aos olhos do mundo. A fração do capital que ganha com isso deve ter avisado ao príncipe que o serviço ainda não terminou, e que ainda tem carne no osso.

2. Um jornalista chama a atenção para a estratégia de comunicação embutida na movimentação pré-golpe. Enquanto todos se distraem aferindo se estão em curso as preliminares do golpe, ou se não tem golpe, o caso do miliciano silenciado é esquecido. Assim, os arquivos queimados, e que poderiam ser do interesse de Flávio B., o bolsofilho sem sobrenome, e mesmo as polêmicas transações do influente secretário de comunicação, vão desaparecendo. Agora, as possíveis situações de conflito de interesses e improbidade administrativa podem voltar à tranquila condição de normalidade.

3. O racismo explícito do disfuncional já caberia em uma prisão, mas também estamos no país em que as leis são para alguns e, no extremo, fabricadas sob medida. Ao responder a um elogio de um apoiador negro, em um evento do partido que pretende criar, o ex capitão se refere a ele utilizando uma medida de peso usualmente aplicada a animais: “você está com 8 arrobas”. Reincidente, não se constrange com a violência explícita e racista, que dizem ser crime inafiançável.

4. Como denominar alguém tão vulgar, nos mesmos termos com que se refere às pessoas? Galo de briga? Na verdade haveria aí também uma referência à rinha de galos, uma prática cruel e ilegal, tão comum em algumas periferias, assim como as milícias, e com algumas semelhanças com o estilo de gestão que destrói o país: uma rinha de galos em permanente atividade em uma hipotética república de rio das pedras, com seus apostadores ao redor da arena.

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