Dia 6 (371) – Ano 2 – O espelho

Imagem: Vitor Teixeira

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1. O ex-capitão é o típico machão básico. Entende que o modelo de presidente, de estadista, é o grosseirão beligerante, inconsequente, misógino, homofóbico, amante do militarismo e da violência, destruidor da natureza. De todas as formas, o mundo e os outros estão aí para seu usufruto.

2. A sua réplica mais perversa e contida é aquele híbrido de tucano e marreco leigo de Maringá. Glorificado pela mídia corporativa, enquanto representa seus interesses negociais imediatos, a versão limpinha do ex-capitão não passou pelas casernas, mas defende métodos ainda mais perversos, glorificando a tortura por meio da sua política de punitivismo penal, como demonstrado no Pará e no seu pacote anticrime.

3. Se o ex-capitão arrasta histórias de rachadinhas entre os filhos, o marreco tem um tapete com milhões varridos para debaixo, desde o banestado até Cunha, com episódios inexplicáveis ou ainda sem explicação.

4. Outro ponto em comum são as provas. Um destrói, outro fabrica. O ex-capitão esteve nas manchetes por ter se apropriado de um áudio que era prova em uma investigação de assassinato de uma parlamentar. Além do processo do triplex em que condenou uma pessoa pela propriedade de algo que nunca foi dela, e de grampear advogados, o marreco e associados foram pródigos na fabricação de “provas” com o intuito de quebrar o país. Via de regra sem considerar os limites da lei.

5. Segundo a revista Fórum o juiz Sérgio Moro determinou, em 2007, a criação de RG e CPF falsos e a abertura de uma conta bancária secreta para uso de um agente policial norte-americano, em investigação conjunta com a polícia federal do brasil. No decorrer da operação, um brasileiro investigado nos EUA, induzido pelo agente estadunidense infiltrado, chegou a fazer uma remessa ilegal de US$ 100 mil para uma conta falsa aberta no Banco do Brasil. Ocorre que no Brasil a indução ao crime não é aceitável, e criar ou autorizar a criação de documentos falsos, por qualquer razão, é crime.

6. Faces da mesma moeda, nem gato, nem lebre, nem marreco, nem tucano. Negociantes.

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