Dia 54 (419) – Ano 2 – Ai, ai, ai, ai…empurra que cai..

Imagem: Joyce Cury

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1. O carnaval prossegue com seus blocos, escolas de samba, trios elétricos, afoxés, grupos de frevo e maracatus. Além da vontade de pular, salta aos olhos a crítica direta ao atual governo, muitas vezes se referindo aos ocupantes do planalto no mesmo tom com que eles se referem ao povo, que desafoga na folia e devolve com sarcasmo o descaso e a violência impostos ao cotidiano.

2. Torcedor do Palmeiras, o ex-capitão amarga a ironia da torcida do clube com o seu desgoverno. A escola de samba Mancha Verde, de São Paulo, desfilou com o enredo “Pai! Perdoai, eles não sabem o que fazem!”. Benevolente, a escola desfila os desmandos imperdoáveis dos que sabem, sim, o que estão fazendo na sua sanha destrutiva (Jornal Brasil 247).

3. Mas enquanto protestamos nas ruas da festa, o governo continua destruindo tudo o que pode. O alvo da vez é o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, o INMETRO. Os órgãos de fiscalização incomodam as milícias, e ao síndico disfuncional. A palavra utilizada foi implodir. “Implodi o INMETRO. Implodi. Mandei todo mundo embora”. Gasolinas batizadas, pesos e medidas, balanças, tacógrafos, taxímetros, controle do transporte de cargas, tudo virando lenda urbana. Nem controle social, nem governamental (G1).

4. O carnaval prossegue. 44% da indústria da transformação fechou o ano em recessão, o varejo que, em geral, consegue ter uma pequena recuperação com as compras de natal, caiu 0,1% em dezembro. Trabalhadores na informalidade já são 41,1% do total da mão-de-obra e mais de um milhão de famílias foram retiradas do programa bolsa família, impactando a economia de pequenas cidades. Mas, ainda assim, o capitão disfuncional cobra do tchutchuca um crescimento de 2% do PIB em 2020 (DCM). Tchutchuca diz que o ministro do meio ambiente tem que sair do governo, e a “Secom” continua a faturar. Conversa de terraplanista, pra boi dormir, e o povo pagar a conta. A impressão inicial era de que eles implodiriam o próprio governo, será? Um empurrãozinho seria bom.

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