Imagens: MTST https://www.facebook.com/mtstbrasil/photos/pcb.2142459715792348/2142459579125695/?type=3&theater e Brasil de Fato https://www.brasildefato.com.br/2019/12/27/agora-e-bolsonaro-gritaram-pms-ao-invadirem-acampamento-do-mtst-em-alagoas/
1. O ano de 2019, deprimente e regressivo, está chegando ao fim sem uma boa perspectiva para 2020. O mundo das fantasias tenebrosas continua em alta. As mamadeiras de piroca, a propaganda com frases de efeito que acusam o PêTê de quebrar o Brasil e por tudo mais que se queira imaginar, embalam uma parcela do país sem senso crítico para os caminhos por onde o trio do barulho que ora ocupa o Planalto está nos levando.
2. São 38,8 milhões de pessoas em trabalho informal, forma suave para descrever trabalho precário, sem garantias, vulnerável. Tipo entregador de comida em bicicleta, que se leva um tombo e passa 10 dias sem poder trabalhar não terá dinheiro, não terá como viver. Esse número equivale a 41,1% dos trabalhadores do país. Sem reservas, sem proteção social, sem direitos. O número de desempregados, atualmente 11,9 milhões, não contabiliza o número crescente de pessoas sem emprego formal que buscam alguma forma de sobrevivência no trabalho precário (Carta Capital).
3. Parte desse contingente de trabalhadores no mercado informal não terá direito a aposentadoria e os que estão empregados e ainda tem essa perspectiva, terão que se manter no tão disputado mercado formal até os 65 anos se forem homens e 62 anos se forem mulheres. Uma tarefa árdua em um mercado em que as vagas formais não aumentam e a situação tende a piorar com a política de desindustrialização do tchuchuca.
4. Nesse aterrorizante ano que passou, 50,1% dos brasileiros empregados trabalhou em empresas de até 5 empregados. Pela norma proposta e implementada pelo ex-capitão, com o aval do congresso, do tchuchuca e do marreco leigo de Maringá, empresas com até 20 empregados não precisam ter controle de horas trabalhadas, o que se traduz em total falta de controle do turno trabalhado, sem horas extras, sem qualidade de vida do trabalhador. Transformar o trabalhador num moto-contínuo, é o projeto desse (des)governo, que chama exploração abusiva de liberdade econômica (Carta Capital).
5. E na manhã de hoje, mais um ato de violência política. Policiais militares terroristas atacaram um acampamento do MTST na periferia de Maceió, Alagoas, aos gritos de “agora é Bolsonaro” e atacaram pessoas, destruíram objetos, livros, bandeiras, quebraram utensílios da cozinha coletiva, e queimaram documentos dos integrantes do movimento. Estavam em duas viaturas e não apresentaram mandato de busca e apreensão (Jornal Brasil 247).
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