Dia 340/365 – e vence o Estado Penal

Imagem: Rovena Rosa/Agencia Brasil https://fotospublicas.com/proximo-a-secretaria-de-seguranca-publica-de-sao-paulo-jovens-fazem-ato-publico-cobrando-das-autoridades-massacre-de-paraisopolis/

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1. Com quantos salários de professores mora um juiz? Qual é o custo de um militar que não defende o seu país dos entreguistas? Políticos que passam 28 anos com produtividade zero deveriam devolver os seus ganhos astronômicos? Penduricalhos, castas e mistérios que vão se formando até entupir as veias.

2. A carne de boi chegou a um preço que, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nem mesmo os chineses estariam dispostos a pagar. Um comprador do tamanho da China tem poder de barganha, então é bem possível que eles consigam melhores preços. Para nós, a ministra do agronegócio já anunciou que o preço da carne não volta ao patamar anterior (UOL). Vamos de hamburguer de soja… Transgênica.

3. Depois da anatomia dos robôs fabricantes de fakenews ser mostrada ao público, o TSE autoriza a criação do bolso partido com assinatura digital. Não é inocência, mas é bastante conveniente, e pouco convincente.

4. E na escalada de violência das polícias militares em todos os estados, “três policiais militares e quatro milicianos disparam contra trabalhadores rurais” no Pará. Os trabalhadores, coletores de castanha, portavam instrumentos de trabalho quando foram baleados. A posse de terra no país, urbana ou rural, é regada a sangue.

5. E mais quatro pessoas foram inexplicavelmente assassinadas pela polícia de bolsowitzel. Entre elas um youtuber conhecido como Bonitinho, que fazia sucesso com suas músicas e memes. A justificativa da polícia é a mesma de sempre, reiterada, permissiva e genérica, onde as vítimas, negras ou pobres, sempre são confundidas com traficantes.

6. Enquanto isso, as teses autoritárias e repressivas do conge ganham espaço. Apesar de esvaziado em parte de seu conteúdo mais letal, o tal pacote anticrime foi aprovado com votos da direita e de uma parte equivocada da esquerda que assume o punitivismo legal como pressuposto da democracia. Enxugamos gelo com os efeitos e jogamos pra debaixo do tapete o enfrentamento das causas dos nossos problemas sociais. E há quem, na contramão do bom senso e do respeito à lei, considere nem tão anormais as absurdas e inacreditáveis parcerias do ex-juiz com procuradores e policiais. Espanta mas não surpreende, é o coro da barbárie em um país transformado em um faroeste de qualidade duvidosa, violento e desprovido de princípios.

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