Dia 334/365 – Sobre januários, macedos e refugos

Imagem: Alan Santos – PR https://fotospublicas.com/presidente-da-republica-jair-bolsonaro-e-recebido-pelo-pastor-edir-macedo-durante-visita-ao-templo-de-salomao/
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1. Januário, quem diria, acabou na boca do povo. Não é através do sítio The Intercept Brasil, nem de uma “denúncia premiada”, que temos a revelação sobre as práticas do decano da força tarefa de Curitiba, mas através de escuta telefônica da polícia federal. Um indivíduo conhecido como “doleiro dos doleiros”, investigado por operações de lavagem de dinheiro, numa conversa com a namorada interceptada pela polícia, informa que pagava propina ao integrante do partido da lava jato. A investigação foi feita pelo braço da operação no Rio de Janeiro.

2. Por enquanto é uma acusação, o Januário ainda não foi ouvido, ainda não apresentaram provas, mas o que significa a informação já circular para a imprensa, com o já conhecido modus operandi da força-tarefa, publicidade antes dos fatos? E os famosos filhos de Januário, como ficam com a revelação? De qualquer forma a desmoralização da operação anticorrupção vem de todos os lados, e com as armas e práticas criadas por eles próprios. O braço da operação do paraná nega, mas essa guerra interna do partido da vazajato vamos assistir de camarote (Jornal Brasil 247).

3. O bolsobispo, Edir Macedo, acusado em um processo criminal por lavagem de dinheiro, teve seu caso na justiça arquivado porque o julgamento foi arrastado a passos de lesma, de forma pouco convincente e muito conveniente (Carta Capital). Em dois países africanos, onde foi plantar seus negócios travestidos de igrejas, as denúncias surtiram efeito. Em São Tomé e Príncipe diversos templos foram quebrados após o bispo ser acusado de desvio de recursos e em Angola 330 pastores e bispos anunciaram o rompimento com Macedo e exigem que os bispos brasileiros saiam do país (Revista Fórum).

4. O síndico disfuncional, pensando estar gerindo o seu condomínio, onde manipula provas e documentos, mandou retirar de uma licitação do governo federal um jornal que contou verdades sobre um dos bolsofilhos. Sou presidente e faço o que eu quero. Não, caro senhor, isso é assim no comando da milícia, onde tudo se resolve a bala, mas isso aqui ainda é, apesar dos pesares, um país. Um ex-ministro do STJ nomina o descalabro do síndico: improbidade.

5. E assim, entre Januários e Macedos, seguimos governados por refugos, tchutchuca, o refugo de Pinochet, demitido porque nem na mais absurda ditadura sua histeria autoritária na economia se sustentou, o marreco, refugo de uma operação corrupta de combate à corrupção, e o campeão dos campeões, o ex-capitão, aposentado do exército ditatorial brasileiro, onde foi acusado de planejar um atentado terrorista.

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