Dia 321/365 – Matrix – o padrão do golpe

Imagem:Elineudo Meira https://fotospublicas.com/manifestacao-na-avenida-paulista-em-favor-do-povo-boliviano/

diariobrasil.png

1. Racista e com nenhum comprometimento com a população, os golpistas da Bolívia, assim como o bolsogoverno, perseguem os médicos cubanos. A excelência na prestação dos serviços não pode chegar à população pobre. Os médicos cubanos são alvo de assédio e abuso do governo da autoproclamada Jeanine Áñez. Os primeiros 200 médicos já saíram do país (Revista Carta Capital).

2. A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Michele Bachelet, ex-presidente do Chile, declarou que a situação de violência extrema na Bolívia preocupa a todos. E destacou “o uso desnecessário e desproporcional da força pela polícia e pelo Exército”, que já matou 14 pessoas até agora. “Realmente me preocupa que a situação na Bolívia possa sair do controle se as autoridades não administrarem cuidadosamente, de acordo com as normas e padrões internacionais para o uso da força, e com um respeito pleno aos direitos humanos” (Revista Carta Capital).

3. Os golpes na América Latina, com alta ingerência do agente laranja, têm um padrão reconhecível desde Honduras, Paraguai e Brasil, com o impeachment de Dilma Rousseff, com questionamento das instituições e acusações de fraude eleitoral. Um ingrediente importante nesse roteiro, cumprido pela mídia e pela elite-trombadinha, é jogar a classe média contra os pobres. Flávio Aguiar, do jornal GGN, traz um excelente artigo que comenta sobre o laboratório do golpe, os estados unidos e as eleições de bush filho em 2000. Naquela ocasião, numa eleição em que deveria haver recontagem em razão da diferença de pouco mais de 500 votos, o golpe veio a galope, e veio da suprema corte americana que suspendeu o procedimento. Golpe jurídico. Assistimos a esse filme por aqui.

4. O povo boliviano tem solidariedade no Brasil. Na tarde de hoje manifestantes ocuparam a Avenida Paulista em solidariedade ao povo boliviano, denunciando os crimes da ditadura gospel (Revista Fórum).

5. Nessa fase do capitalismo, a verdade pouco importa. O que importa, e é suficiente para justificar golpes de estado, é a apropriação e o controle de reservas energéticas. O Aquífero Guarani, lítio e reservas de petróleo, é o que está em jogo. Em nome de Deus (Jornal GGN).

6. Do lado de cá, o síndico disfuncional vai tocando o barco, conforme a bela definição de Wilson Ramos no jornal Brasil 247: “Desde o primeiro dia, é um governo dos absurdos, viciado em tomar decisão com cacoetes de quem sempre se apoiou em quepes militares, acreditando que tanque nas ruas é mais importante do que os caminhos democráticos de uma Constituição”.

Confira todas as colunas:
# Diário Não Oficial do Brasil

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *