Dia 307/365 – Sobre síndicos e condomínios

Imagem: Latuff https://www.brasildefato.com.br/2019/01/24/editorial-o-rapido-fim-das-ilusoes-com-o-governo-bolsonaro/
diariobrasil.png

1. A ligação das milícias do Rio de Janeiro de Witzel e da bolsofamília com o assassinato da vereadora Marielle Franco já é bastante óbvia. A ligação da bolsofamília com o assassinato começa a aparecer, e a ligação do ex-juiz com a lavagem das sujeiras que aparecerem no caminho, agora dispensando qualquer tentativa de aparentar alguma espécie de escrúpulo, também entra no rol das obviedades. O ultraliberal tchutchuca adepto do modelo chileno que acaba de explodir, provavelmente não atendeu, até agora, a todos os delírios do mercado financeiro, e se sustenta pela expectativa de uma desestruturação ainda maior do que a que estamos assistindo. Acesso ainda mais franco a nossas jugulares.

2. A mesma mão invisível deve segurar o ex-capitão, pois o serviço não está concluído. No jornal GGN, o articulista Luís Felipe Miguel afirma que “a agenda a ser cumprida ainda é longa: reforma tributária em benefício dos mais ricos, abolição da justiça do trabalho, absorção completa do orçamento público pelo rentismo com a retirada da destinação obrigatória de recursos para educação e saúde, destruição final do Estado brasileiro com a extinção do funcionalismo público profissional”.

3. Com sangue nas mãos e nos cantos da boca, a elite-trombadinha alucina, não ruboriza e segura, institucionalmente, o projeto. A rede protetora se estende na imprensa, pelos diversos poderes e nos diversos escalões, a ponto do síndico disfuncional se sentir completamente à vontade para dar detalhes de como se comporta no seu condomínio, sobre quem são os vizinhos prioritários, expor as cumplicidades e fazer escárnio: “E aí, Globo? Já acharam quem matou Marielle? Fui eu mesmo?”.

Confira todas as colunas:
# Diário Não Oficial do Brasil

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *