Dia 291/365 – Na borda da terra plana

Foto: Willian Meira – Ascom/MMFDH https://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2019/outubro/brasil-e-reeleito-para-o-conselho-de-direitos-humanos-da-onu-com-153-votos

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1. Enquanto segue a temporada de embates escatológicos, que é marca registrada da família que ocupa o governo, os 4 em 1, o projeto ultraliberal raivoso e vingativo segue a todo vapor.

2. Novos detalhes do golpe de 2016, com ampla participação da república de Curitiba, foram liberados nessa sexta. Um sócio da construtora Engevix declarou aos procuradores da operação lava jato pagamento de propina de um milhão de reais ao vice-presidente Michel Temer, articulador do golpe. Os parças e conges do partido da lava jato decidiram então engavetar a denúncia para não atrapalhar o impeachment. Só quando surge outro escândalo, o da JBS, é que se resgata a já mofada delação, ocultada para impulsionar o impeachment. Então surge, liberada no tempo certo, para ocupar a mídia.

3. Assim funciona a mídia corporativa com os golpistas. Trabalham em parceria para gerar certos escândalos e apagar outros. Enquanto o PSL se engalfinha com ampla cobertura e gera manchetes absurdas e diversionistas, o petróleo brasileiro foi parar nas mãos de empresas multinacionais e a costa do nordeste é destruída por óleo derramado.

4. O jornal Diário do Centro do Mundo informa as razões de o Presidente Luís Inácio Lula da Silva recusar a progressão para o regime semiaberto. Segundo a defesa a progressão pode ser considerada um direito do condenado, mas que o que está em jogo é a própria sentença. A tese da anulação da sentença por suspeição do juiz deve prevalecer. Mas como atua como partido político, a operação lava jato quer tirar o Presidente de Curitiba provavelmente para não atrapalhar nas eleições municipais de 2020. Afinal, aqueles esquerdopatas da resistência podem fazer escola.

5. A caricatura que ocupa o MEC afirma que desbloqueou 1 bilhão das Universidades Públicas. Ao que parece, a pressão, a articulação política, a resposta dos reitores, professores e estudantes, além da atuação do campo político, fez a gestão fascista recuar. De acordo com o site de notícias Uol, a origem dos recursos não foi revelada.

6. E como vivemos tempos absurdos, o Brasil foi reeleito para ocupar um assento na Comissão de Direitos Humanos da ONU. Liderado por um apoiador da tortura, defensor de masmorras, pregador da violência explícita e imoral, cujo projeto é a própria família acima de tudo, e que já prometeu se retirar do Conselho, o país se expõe mais e mais ao descrédito internacional. Seguimos na terra plana, à beira do abismo.

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