Dia 284/365 – Sobre a destruição do país, seu povo e suas riquezas

Foto: Simone Santos/ Projeto Praia Limpahttps://fotospublicas.com/extensa-mancha-de-oleo-e-vista-na-praia-do-pontal-do-peba-vizinha-a-foz-do-rio-sao-francisco-em-alagoas/
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1. Como é só o que sabe fazer, o síndico disfuncional ataca disparando seu ódio para todos os lados. Os povos indígenas são sempre alvo preferencial. A Carta Capital informa que, num evento empresarial, o presidente nomeia os povos originários como latifundiários pobres em terras ricas. Ora, o que interessa é a terra rica, para distribuir para os verdadeiros latifundiários que parasitam o país, naturalmente, aqueles das queimadas. Transformar tudo em pasto, em monocultura de soja e em buraco estéril de mineração. É o destino reservado à floresta amazônica. Enquanto o sínodo da Amazônia continua até o dia 27 de outubro.

2. As indústrias brasileiras são outro alvo. A Embraer vai dar férias coletivas a todos os seus empregados no brasil, entre 15 e 16 mil trabalhadores, e vai paralisar fábricas para passar aos americanos da Boeing o controle dos negócios de aviação comercial. Empregos, tecnologia nacional, pesquisa e autonomia, pro saco. A Boeing agradece.

3. O setor do turismo tem pela frente o que talvez venha a ser uma das suas piores estações. Sem a Amazônia, sem as praias nordestinas. Na região amazônica há um plano de ocupação e a inoperância no caso da destruição da costa nordestina, passados mais de 30 dias do início das ocorrências, também não parece inocente. Apesar de uma parte dos sudestinos acreditar que move o Brasil, provavelmente com base em nenhum dado real e no racismo estrutural, é um tanto estúpido supor que essa perspectiva desmembrada corresponda à verdade. Ações para sufocar a economia do Nordeste terão, obviamente, consequências que extrapolam a região.

4. Os reis das fake news atribuem a imagem negativa do país a uma foto equivocada publicada por Macron. Uma foto. A foto não correspondia às queimadas atuais, mas as fotos dos satélites sim. O depoimento dos moradores sim. O conluio incendiário do “dia do fogo” armado no whatsapp sim. A devastação é real e programada. Os lesa-pátria destroem o país e a imagem do país. Por outro lado os bolsomínions rapidamente fazem circular a foto de um navio supostamente venezuelano que supostamente derrama o seu óleo na costa do Nordeste. Utilizaram a foto de um navio na Europa. Não importa.

5. As mais diversas expressões de inutilidade e de violência se espalham. Mas o que é o bolsonarismo, além do ódio, da destruição e da violência?

6. Trecho de artigo de Marildo Menegat no Jornal GGN: “[…] o bolsonarismo é o representante desta violência terrorista que se alimenta do horror diário das ruas, um ponto de chegada da passagem da atividade policial defensiva, como deveria ser numa democracia, para as modalidades ofensivas, iniciado, e nunca interrompido, ainda em 1969. Ele é a formulação política rebaixada de uma chantagem dos bandos armados dos porões da ditadura cujas ramificações começam nas estruturas das PM’s, cruzam pelas Forças Armadas e se acomodam em grupos milicianos”.

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