Foto: Fernanda Frazão/Arquivo Agência Brasil https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2018/03/feminicidio-tem-que-ser-prevenido-com-conscientizacao-nas-escolas-dizem-especialistas/
1. Recebemos notícias alvissareiras do hemisfério norte. O impeachment do agente laranja fica mais robusto. Foram indiciados dois assessores do presidente estadunidense por financiarem investigações de adversários políticos. Reportagem do GGN.
2. E vejam, Trump recusa apoio às pretensões do brasil de ingressar na organização de cooperação e desenvolvimento (OCDE), como era de se esperar. Argentina e Romênia terão a preferência dos americanos. O ex-chanceler Celso Amorim comenta que “ou Trump não está nem aí para Bolsonaro, ou a burocracia do governo americano não está nem aí para Trump”. Os estadunidenses mostraram uns espelhinhos, deram declarações de que apoiariam, e a esdrúxula política de relações internacionais dos entreguistas terraplanistas se apressou em se abaixar e pagar adiantado. Uma deputada do PSL comemorou pelo twitter, em março, a entrada do Brasil para a elite econômica e social do mundo. Ofereceram a base de Alcântara, se empenharam em cooperar para o desmonte da Venezuela, e liberaram a entrada de estadunidenses no país sem a necessidade de visto, o que também não tem reciprocidade. Mas não adiantou o colonizado submisso correr para entregar qualquer coisa, não recebeu nem miçanga nem espelhinho. Pra deixar mais claro o descaso, os americanos refirmam que apoiam, só não dizem para quando. Deprimente e decadente. Reportagem do Brasil 247.
3. Hoje é o dia nacional de luta contra a violência à mulher. A data foi criada em 1980, como resposta à crescente violência contra as mulheres. Hoje somos o quinto país do mundo em feminicídio e temos uma estatística aterradora, a cada 15 minutos uma menina de menos de 13 anos é estuprada no país, sendo que em 60 por cento dos casos por algum parente. A casa não é um lugar seguro para as mulheres.
4. O jornal Brasil de Fato traz uma entrevista com Sílvia Federici, historiadora e pesquisadora feminista italiana, que chama atenção para o fato de que o aumento da violência contra as mulheres e a feminização da pobreza ao redor do mundo estão atrelados aos processos de acumulação do atual estágio do capitalismo. Também faz relação entre a militarização crescente e a tentativa de repressão dos movimentos sociais, e o aumento na taxa de feminicídios. Outro ponto importante que aponta é que o aumento de violência contra a mulher tem sua própria geografia. Mulheres nas favelas, no campo, em áreas de mineração e extração de petróleo estão sob maior violência.
5. As mulheres que estão na liderança de movimentos sociais como Marielle Franco e Preta Ferreira estão no front como alvos preferenciais. Hoje, depois de 108 dias de prisão política Preta Ferreira, cantora, produtora cultural e militante do Movimento Sem Teto do Centro, em São Paulo, teve finalmente seu habeas corpus julgado pelo TJ de São Paulo. As mulheres negras estão no topo das estatísticas da violência doméstica, da violência do braço armado do estado, e do sistema judiciário.
6. Um viva às mulheres que lutam!!!
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