Dia 277/365 – A guerra tóxica

Imagem: Genildo http://www.genildo.com/2019_01_22_archive.html

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1. O governo joga seu jogo macabro. Faz e desfaz. Avança e recua. Diz e desdiz. Como tudo que aprendeu a fazer ao longo do seu tempo no parlamento foi campanha, o palanque não se desfaz nunca. Tudo se resume a um balão de ensaio para 2022 e a tomada de prefeituras em 2020.

2. Como não sai dessa eterna campanha, o projeto não tem relevância e sua composição é bizarra. Se o ocupante do cargo não estiver sob suspeita de um crimezinho, não interessa. Vejamos o caso do ministro do turismo. Não basta ser acusado pelo ministério público estadual de Minas Gerais, não basta ser indiciado pela PF, deverá continuar ministro, desafiando todas as leis, inclusive as da gravidade. Nesse governo ninguém cai.

3. No seio da familícia os bolsofilhos, de acordo com o DCM, processam uma corretora de valores por perdas financeiras de um valor inexistente nas suas declarações de bens. São os subterrâneos da família que além de participar de rachadinhas e operações com laranjas, omite bens nas declarações obrigatórias à justiça eleitoral.

4. O rapaz que atualmente ocupa a pasta da educação, depois de promover cortes orçamentários significativos e atuar para o estrangulamento de diversas Universidades Federais, programas de pesquisa e bolsas, faz um pingadinho de retomada das bolsas. Fala em mérito, sem saber do que fala. O firme propósito é de desqualificar, chantagear, e ideologizar a educação pública.

5. A pasta da cultura também está na borda da terra plana. Um desqualificado na Funarte entrega espaços culturais para fundamentalistas religiosos, a Caixa vai censurar os projetos culturais, o cinema segue estrangulado, os filmes que não agradarem ao ex-capitão, sofrerão cortes. Corremos realmente o risco de assistir nos cinemas, a consolidação definitiva do refugo da indústria cultural americana, que vai muito bem, obrigado.

6. E como não pode manter sua toxicidade apenas no simbólico e na verborragia, o síndico disfuncional liberou mais 57 agrotóxicos para as nossas mesas. Agora já são 382 produtos liberadas esse ano. Segundo a folha de São Paulo cerca de 30% desses produtos não têm registro ou foram banidos da União Europeia. É a necropolítica em estado bruto, não é líquido, não dissolve no ar.

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