Dia 253/365 – Entre vazajatos e bolsogolpes

Imagem: Latuff https://www.brasil247.com/charges/latuff-o-sadismo-da-lava-jato

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1. O partido da lava jato vai a revanche. Já que foram pegos pela palavra, já que tudo foi revelado, já que ficou claro como o juiz e os parças se organizaram para apoiar o golpe de 2016, resta contra atacar, no mesmo estilo, sem necessidade de provas, contra o mesmo alvo de sempre, o Presidente Luís Inácio Lula da Silva e a família dele, agora o seu irmão morto. Uma nova vendetta. Enquanto isso, o procurador power-point se esquiva de comparecer à câmara dos deputados para prestar esclarecimentos acerca dos fatos, graves, que lhes são atribuídos. Para quem não tivesse receios de expor a verdade essa seria uma boa oportunidade.

2. Não sabemos se ele esteve presente na festa de um dos maiores patrocinadores de suas palestras, a operadora de planos de saúde unimed. A empresa escancara o tom de escárnio da barbárie, e explicita o racismo estrutural da sociedade brasileira fazendo uma festa com uma favela cenográfica e um homem negro servindo churrasquinho em um ambiente que simula uma laje. Show de glamour na pobreza, e de exclusão. O perigo era de o governador do rio passar por lá com seus snipers e atirar nos médicos presentes.

3. De acordo com o sítio Pragmatismo Político, as empresas de planos de saúde foram citadas nas delações de Delcídio Amaral (ex-senador), Nelson José de Mello (ex-diretor do laboratório hypermarcas) e Flavio Calazans de Freitas (ex-dono do hypermarcas). Curiosamente, nenhuma delas foi alvo da lava jato — operação chefiada por Deltan Dallagnol, o procurador que não foi à câmara dos deputados para explicar seus atos.

4. Enquanto isso, no mundo subterrâneo da bolsofamília um bolsofilho que tem delírios de príncipe regente, resolve antecipar o golpe. Pelo twitter, é claro.

5. O jornal GGN comenta que “O Zero02 volta a atacar nas redes sociais. Desta vez escreve um tweet dizendo que o Brasil não desenvolve pelas vias democráticas. No seu falar tatibitati diz que o desenvolvimento almejado esbarra na democracia”.

6. O outro bolsofilho, brincando de bolsofilho miliciano, tira uma foto ao lado do ex-capitão, mostrando uma arma na cintura. Com a licença do pai, estão todos em delírio de poder.

7. E o tchutchuca, na surdina, avança na missão de não deixar pedra sobre pedra, e já estrutura a nova CPMF com alíquotas de 20% a 40%. A reprise desse filme horroroso deve ser um novo incentivo à fuga de capitais e à criatividade de quem pode driblar a mordida. Os assalariados já sabem que não têm pra onde correr, vão pagar o pato e o marreco, como sempre.

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