Dia 242/365 – O veto do veto das canetas bic e compactor

Foto: arquivo PR

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1. Deveríamos começar a primavera das canetas. O ex-capitão diz que vai trocar a caneta Bic, francesa, pela Compactor, e que não vai aceitar apoio da França para combater as queimadas na Amazônia. Por um momento ficamos todos aliviados entendendo que o abandono da caneta significava que não assinaria mais sua produção tóxica, que o pesadelo tinha chegado ao fim de forma surpreendente. Mas não, é pra falar de soberania. Não sabemos soberania de quem, porque a nacional já foi para o saco há muito tempo, bem me lembro agora, em continências para a bandeira americana..

2. Em outra declaração, hoje, prometeu dar indulto a policiais que teriam sido presos injustamente, “por pressão da mídia”. Me parece que o sindico disfuncional imagina que ocupa algum lugar no judiciário. É verdade que existe muita prisão por interesses escusos, por racismo, a prática do lawfare corre solta para inimigos políticos, mas quem seriam os policiais presos por pressão da mídia? O número de mortos pela polícia no rio de janeiro é o maior nos últimos 20 anos. Tem caso recente de estupro dentro de uma viatura policial em São Paulo. Porque a preocupação só com policiais? Discutir o sistema onde Preta Ferreira está presa, onde Luiz Inácio Lula da Silva está preso, isso não é viável. Os que mataram Marielle Franco continuam soltos. Queiroz está bem, descansando, tranquilamente, no Morumbi, bairro de classe alta na capital paulista.

3. Intrigante as ações e vetos do ex-capitão. Ontem o Congresso derrubou o veto do presidente à punição das chamadas fake news. Ou mentiras deslavadas, ou notícias falsas. Por que o interesse da bolsofamília em evitar que haja punição para esse tipo de coisa? Um dos bolsofilhos chegou a chamar de censura a inibição da mentira maliciosa. É importante para a família não haver restrições para impulsionar grupos de whatsapp com notícias sobre mamadeiras de piroca, kit gays e as mais diversas e lucrativas mentiras sobre adversários políticos. A criação da pós verdade é fundamental para termos um mundo virtual, um país virtual, onde afinal a economia cresce, existem empregos, a Amazônia não está queimando, as ongs estão mamando, etc. etc. etc.

4. A fábrica de canetas Compactor está sendo investigada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por suspeitas de crimes financeiros cometidos pela empresa e seus controladores. Então, voltando à troca das canetas, que vetam, e cujos vetos não passam pelo Congresso, independente se Bic ou Compactor ainda têm que passar por uma representação do povo.

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