Dia 233/365 – Manifesto do assombro

Foto: Vinicius Mendonça / Ibama https://fotospublicas.com/brasilia-15022018-operacao-realizada-pelo-ibama-para-combater-o-uso-irregular-do-fogo-em-florestas-na-amazonia-resultou-no-embargo-de-53-areas-que-totalizam-120-mil-hectares-a-medida-f/
diariobrasil.png

Hoje deveria ser o dia de o assombro romper o silêncio.

1. Hoje a dor é profunda, com o discurso medíocre, privatista e entreguista do ministro tchutchuca, com os registros do extermínio da nossa juventude negra e pobre, com a floresta que arde, com a destruição generalizada, que apaga o nosso futuro.

2. Hoje, os testemunhos contam a devastação planejada, autodestrutiva. Os focos de incêndio na Amazônia espalhados estrategicamente dentro de reservas indígenas espaçados a distâncias regulares para resultar em uma queimada que joga o país nas trevas. O resultado é impressionante e pode ser visto do espaço, nas fotografias dos satélites, a fumaça atinge o litoral do Paraná. As distâncias demonstram a dimensão apocalíptica da destruição. Só um tolo não se enxerga nas fotos que mostram árvores e animais queimados e mortos.

3. Hoje, nossa dor é traduzida pelo fotógrafo Araquém Alcântara que registra a destruição da floresta amazônica, e que em uma citação parece resumir a essência do projeto de destruição, imediatista e mesquinho tocado pelo ex-capitão e sua trupe. Ele conta ter ouvido de um matador em algum lugar na estrada Cuiabá – Santarém o seguinte testemunho: “aqui, seu moço, homem não tem palavra, mulher não tem honra, terra não tem dono e a árvore não tem raiz”.

4. Hoje no supermercado os preços estão assustadores.

Confira todas as colunas:

  1. # Diário Não Oficial do Brasil

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *