Dia 209º/365 – Lutemos pelos povos indígenas

[Foto em destaque: Índios Wajãpi, Funai]

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Da série: eu sei o que vocês 57 milhões fizeram nas eleições passadas.

Um, dentre milhares, dos absurdos cards que circulou no período eleitoral se referia ao Partido dos Trabalhadores como uma quadrilha. Se você não é ladrão e vota no PêTê, porque eu seria homofóbico e racista votando em Bolsonaro?

A adjetivação do PêTê como uma quadrilha foi uma construção que contou com a imprensa, a milícia, a parcela criminosa do judiciário e que colou em alguns milhares de incautos que fazem o jogo da milícia em nome da luta contra a corrupção. Hoje a revelação dos crimes de um certo grupo de procuradores e juízes não demove essas pessoas do seu pensamento, o que as coloca na ponta de lança de crimes de lesa-pátria. Não só as eleições foram fraudadas, com articulações subterrâneas e ilegais, mas algumas proteções foram vendidas assim como informações privilegiadas.

O disfuncional síndico eleito presidente declara que é o presidente que mais cumpriu suas promessas na história. Uma das promessas foi de redistribuir as terras indígenas. Vem, desde a campanha, estimulando a invasão de terras. As narrativas do síndico e de sua equipe a respeito das populações indígenas é violenta e mentirosa.

A aldeia Mariry, da etnia wajâpi foi invadida durante a semana por uma quadrilha de 50 pessoas armadas com metralhadora. A aldeia indígena fica no município de Pedra Branca de Amapari, no estado do Amapá. O cacique Emyra Wajãpi foi assassinado e não se sabe quantas são as vítimas até o momento. Os invasores e assassinos querem se apropriar das terras indígenas para garimpo e chegaram ameaçando toda a tribo. As lideranças indígenas pediram socorro à polícia federal e ao ministério público federal.

Os assaltantes se antecipam a uma possível liberação das terras para o garimpo prometida pelo presidente eleito e se antecipam tomando de assalto e matando para conseguir seu intento. O nome de roubo seguido por morte é latrocínio, o que coloca o grupo como de alta periculosidade, mas a imprensa benevolente denomina-os “garimpeiros”, negando a propriedade da terra dos aldeados, assim como negando o direito à vida.

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