Dia 15 (380) – Ano 2 – …aos povos originários, nada!

Imagem: Latuff

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Sobre o genocídio dos povos originários…

1. O projeto genocida do governo brasileiro acelera por meio dos seguranças privados a serviço do agronegócio. Nos primeiros dias de 2020 já são registrados assassinatos de indígenas e quilombolas. No dia 2 de janeiro aproximadamente 180 famílias Guarani e Kaiowá foram atacadas por seguranças privados em Dourados, no Mato Grosso do Sul. O confronto durou 16 horas (Jornal Brasil de Fato). Sete indígenas ficaram feridos, entre eles uma criança de 12 anos.

2. No dia 5 de janeiro, 2 camponeses quilombolas foram assassinados em Arari, Maranhão. Quatro homens armados invadiram uma residência e mataram com tiros no rosto os dois trabalhadores, pai e filho, que haviam denunciado o conflito agrário entre grileiros e quilombolas.

3. Em 6 de janeiro, três indígenas foram assassinados no município de Coari, no Amazonas. Eles pertenciam ao povo Miranha, da Terra Indígena Cajuhiri Atravessado. A razão do conflito na região é a extração de castanha do pará.

4. As mais diversas formas de violência, na promoção do genocídio. Falta de assistência médica, queimadas, desmonte da FUNAI e de qualquer rede de assistência, e a ação, ou omissão, das polícias estaduais. A Comissão Pastoral da Terra avalia que o primeiro ano desse governo aprofundou os conflitos por terra, se posicionando claramente a favor do agronegócio.

5. As garantias da constituição cidadã de 1988 não estão sendo cumpridas. O ex-capitão que ora ocupa o Planalto “saliva de ódio contra os povos indígenas”, de acordo com um ex-presidente da FUNAI do governo atual. E, como síndico, põe em prática como política uma antiga convicção disfuncional, quanto à demarcação de terras, de que aos povos originários, nada cabe.

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