Imagem: Ribs
1. No dia em que mais de mil pessoas morreram vítimas do covid-19, em que começamos a bater todos os recordes negativos, nos chama a atenção outra crueldade brutal, aquilo que é a nossa doença mais letal. O assassinato do garoto João Pedro Mattos Pinto, dentro de casa, pela violência do aparato policial do estado, vem demonstrar a que vieram esses desgovernos voltados para o extermínio.
2. O governador sniper e o síndico miliciano, diferenças a parte, se uniram entrelaçando seus braços armados oficiais, a título de prender um traficante, e decidiram tocar o terror e investir contra a população da comunidade do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio, inclusive as crianças no entorno. Como se ser pobre fosse o crime e a característica definidora da identidade do “inimigo”. Um ataque conjunto das polícias civil e federal que chegou atirando indiscriminadamente no ambiente confinado de ruelas e barracos ocupados na sua maioria por famílias de trabalhadores pretos e, para não restar a possibilidade de dúvidas acerca dos critérios e das intenções, foi transformado em palco de um confronto que envolveu inclusive o lançamento de granadas (G1).
3. É uma história repetida. A operação policial chegou atirando, levaram o adolescente supostamente para prestar socorro, sem informar para onde estavam levando. Posteriormente a informação de que o adolescente não resistiu aos ferimentos, e morreu. Sem a família.
4. Nenhum pronunciamento do capitão, sempre tão preocupado com a atuação da polícia no Rio de Janeiro. Aparentemente aqui não há discordância, ou incômodo. Tudo segue conforme o plano.
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