Dia 14 (379) – Ano 2 – Opinião

Imagem: arquivo pessoal

diariobrasil.png

1. Um dado cruel foi divulgado hoje: o grau do endividamento do brasileiro. 65% dos brasileiros têm dívidas, algumas impossíveis de serem saldadas. Esse é um dos recordes do governo atual. Desemprego, taxa de juros e aumento do custo de vida são as razões do endividamento. Dívida adoece o trabalhador, especialmente aquela gerada a partir do desemprego, sem perspectiva de pagamento. O ex-capitão tem o seu cartão corporativo secreto, não se preocupa em geração de emprego e renda (Jornal O Globo).

2. A ação das mineradoras no Brasil é aterrorizante. Em Maceió 4 bairros estão afundando em função da ação da Braskem. Um estudo do serviço geológico do Brasil concluiu que três fissuras na região, com 1,5 km cada, são resultado da extração de sal-gema realizada pela empresa. A atividade gerou instabilidade no solo e um profundo desgaste para a população residente, que não causou o fenômeno e que terá que ser removida. E nós já conhecemos os processos de indenização no país, não precisamos de bola de cristal para adivinhar o que pode acontecer (Jornal Brasil de Fato).

3. O abuso da fé e da condição de desespero das mulheres que buscam por uma cura tem no falso médium João de Deus mais um caso emblemático. O estuprador é denunciado pela 12ª vez por crimes sexuais. Ele já está preso e condenado a 19 anos, mas as histórias de abuso, violência, horror continuam surgindo. Junto com ele foram indiciados dois guias turísticos que apoiavam a violência e a justificavam como sendo atos ungidos, milagrosos. “Das 319 mulheres que procuraram a promotoria, 194 formalizaram as acusações e ao menos 15 alegaram terem sido vítimas antes dos 13 anos” (Jornal Brasil de Fato).

4. As intervenções na cultura e na educação, visando destruir projetos, subalternizar artistas e educadores, colocando pessoas desqualificadas para o comando dessas áreas, não vai adiantar. Artistas e intelectuais têm respostas simbólicas ou materiais que não estão ao alcance do síndico e de sua equipe. A indicação para a premiação do Oscar de dois filmes de diretores brasileiros, coloca a indústria nacional nas telas do mundo todo, em destaque, e é uma resposta ao desgoverno e ao boicote oficial.

Porque não tem controle, nem nunca terá.
Podem me prender
Podem me bater
Podem até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião.
Aqui do morro eu não saio não
Aqui do morro eu não saio não.

Se não tem água
Eu furo um poço

Se não tem carne
Eu compro um osso e ponho na sopa
E deixa andar, deixa andar…

Falem de mim
Quem quiser falar
Aqui eu não pago aluguel
Se eu morrer amanhã seu doutor,
Estou pertinho do céu

Opinião, Zé Ketti.

Confira todas as colunas:
# Diário Não Oficial do Brasil

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *