Imagem: Ed Carlos
1. O centésimo dia do desgoverno é medíocre como todos os outros. De uma mediocridade letal; porque mediocridade mata, senhoras e senhores. Impregna as entranhas do Estado, desmobiliza. O síndico disfuncional e suas crias se ocupam em colocar os seus fieis seguidores, como uma matilha, a perseguir um inimigo qualquer, em geral com conotação racista, de gênero ou classista, e enquanto alimenta cuidadosamente o ódio, o capitão finge encontrar soluções mágicas para a crise, e incentiva a morte da população do país que o elegeu.
2. O medíocre ex-capitão tenta dar um grito onde sua voz não alcança e lançar, com sua esvaziada caneta bic, um decreto determinando o fim do isolamento nos estados. Mas ninguém presta atenção, pelo menos não os governadores comprometidos com os seus mandatos, e o dito cujo dá com a mediocridade n´água. O STF corrobora a autonomia dos estados, mas sabemos, que mesmo sem o STF os governadores comprometidos não têm perfil genocida e não seguiriam a voz desvairada do ex-capitão reformado.
3. O efeito colateral da mediocridade se manifesta na discussão desqualificada acerca de determinados medicamentos e seus milagres. Fixa-se na mesma substância propagandeada pelo agente laranja, sendo que, segundo a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a droga ainda não possui estudos suficientes para determinar a eficácia do seu uso no tratamento do COVID-19. Pior, o seu uso pode apresentar efeitos adversos cardíacos, hepáticos, psiquiátricos, auditivos e visuais, entre outros em uma extensa lista, e pode provocar a morte do paciente.
Chegamos a 16.283 casos oficialmente confirmados e 810 mortes. 133 nas últimas 24 horas.
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