Em entrevista, o deputado deferal Paulo Teixeira (PT/SP), caracteriza a CPMI contra a Reforma Agrária como um “tiro no pé” da bancada ruralista, tendo em vista a não apuração de qualquer irregularidade, conforme ficou demonstrado.
Para piorar a situação, o deputado Onxy Lorenzoni (DEM/RS), que queria a prorrogação dos trabalhos da comissão, perdeu o prazo regimental. Para Teixeira, “é mais uma demonstração do pouco caso da bancada ruralista em relação à CPMI”. “Quando você perde o prazo para entregar um trabalho na escola, você perde nota. Ele tirou nota zero”, completou.
O senhor concorda com o relator da CPMI, deputado federal Jilmar Tatto (PT/SP), de que a instalação dessa comissão foi desnecessária?
Eu concordo. A senadora Kátia Abreu (DEM/TO), quem defendeu a CPMI, não foi a uma reunião sequer. A CPMI não foi criada a partir de nenhuma denúncia nova e todos os pedidos de apuração de irregularidades eram muito genéricos No decorrer dos trabalhos, todas as perguntas direcionadas às entidades foram respondidas satisfatoriamente. Ficou claro que essa CPMI foi criada com interesse de desgastar o programa de reforma agrária. Então, a motivação foi puramente ideológica. A bancada ruralista não queria apurar nada, só queria atrapalhar.
E o senhor acha que esse objetivo foi atingido?
Não. Eles (os deputados da bancada ruralista) não conseguiram nem provar irregularidades no programa, nem desgastar o programa da reforma agrária, pelo contrário. A CPMI mostrou que esse é um dos programas mais efetivos e baratos de combate à pobreza. Hoje só uma casa na cidade custa de R$ 50 mil e depois têm todas as ações de inclusão social que são caras enquanto o programa de reforma agrária já inclui as pessoas socialmente de uma forma ampla.
O que o senhor achou da estratégia do deputado Onyx Lorenzoni de pedir a prorrogação da CPMI?
Ele perdeu o prazo, em mais uma demonstração do pouco caso da bancada ruralista em relação à CPMI. Quando você perde o prazo para entregar um trabalho na escola, você perde nota. Ele tirou nota zero.