A Universidade Cidade de S. Paulo recebeu Miriam Mirah, fundadora do Grupo Tarancón que teve importante expressão política, principalmente entre o público universitário, nos anos 70 em pleno regime militar. Miriam conversou com os alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade sobre sua carreira e trajetória artística. O encontro ocorreu dia 16 de outubro e representou a abertura das comemorações da semana Vladimir Herzog do curso de Comunicação Social.
Numa conversa informal e descontraída, a cantora falou sobre sua infância e seu contato com a música latino-americana por influência de seu pai, que gostava de cantores como Célia Cruz, Ima Sumak e Tito Puente. Essa influência levou Miriam Mirah a criar em 1975 o Grupo Tarancón, incentivada pelo compositor e amigo Décio Marques, segundo ela, “a memória ambulante da MPB, um mapa cultural do Brasil”.
Miriam participou de 5 trabalhos fonográficos do grupo, com quem percorreu o país em mais de 1.000 apresentações durante 9 anos e é considerada a musa do som latino no Brasil.
A cantora descreveu fatos de sua vida pessoal e artística, tocando sucessos do Grupo Tarancón como Gracias a La Vida e Los Pueblos Americanos de Violeta Parra e Volvera los 17, de Mercedes Sosa, para os alunos e professores presentes, onde imprimiu sua marca que é sua voz e forte interpretação.
Miriam Mirah relembrou o ano de 1985, revivendo os dias em que participou do Festival de Música da Rede Globo com a canção Mira Ira, de autoria de Lula Barbosa e Vanderlei de Castro em sua homenagem. A música surpreendeu pela aceitação do público, chegando à final e conquistando o segundo lugar. O disco do festival vendeu mais de 500.000 cópias.
Entre as canções, a intérprete falou sobre a fundação, em 1980, do Grupo Raíces de América “que vinha com a mesma proposta do Grupo Tarancón” isto é, trazer a integração cultural da América Latina em seus trabalhos musicais.
Com o Grupo Raíces de América, Mirah participou do Festival de MPB Shell em 1982, conquistando o segundo lugar com a música Fruto do Suor de composição do Grupo, que se tornou hino para imigrantes latinos no Brasil.
Trabalho solo
Nos anos 90 desenvolveu um som que denominou Caribe-Brasil, o que resultou em um trabalho solo no seu novo CD “CUBA NAGÔ”, experimentando um repertório retrospectivo e dançante que conta com a participação especial de Oswaldinho do Acordéon na faixa “O Trem Tá Feio”.
Grupo Tarancón
Fundadora do Grupo, os primeiros ensaios do Tarancón aconteceram no ano de 1972, e logo caíram no gosto dos estudantes, pois trazia um repertório de canções folclóricas e de protesto, passando assim a se apresentar em Faculdades, Centros Acadêmicos e Universidades. Executavam músicas de autores como os chilenos Violeta Parra e Victor Jara, os cubanos Pablo Milanes e Silvio Rodrigues, o argentino Atahualpa Yupanqui e os brasileiros Milton Nascimento e Geraldo Vandré.
Em 1975 no Teatro Tuca em São Paulo, com o show “Gracias a la vida”, o Grupo Tarancón teve sua explosão de sucesso que dura mais de 30 anos e tem nove discos lançados que vão do primeiro Gracias a La Vida lançado em 1976, até Vuelvo para Vivir lançado em 1997.
Raíces de América
Fundado em 1980, e tendo como madrinha a lendária Mercedes Sosa, o Grupo conquistou imediatamente a simpatia do público brasileiro, especialmente os estudantes, na época engajados nos movimentos Abertura e Diretas; não somente pela inegável qualidade de seus músicos, interpretes e arranjos, mas principalmente pela arrojada concepção do espetáculo, que transitava por temas políticos, folclóricos, cotidianos e musicais da América Latina com extrema alegria, sensibilidade e bom gosto.
Em 1995, com seu trabalho reconhecido pelo público, o Grupo Raíces de América é convidado a integrar o histórico Concerto Latino, unindo as sonoridades do Raíces de América e da “Banda Sinfônica do Estado de São Paulo”, corpo profissional da Universidade Livre de Música “Tom Jobim”, que acontece no Memorial da América Latina.
O Grupo já lançou seis trabalhos desde a sua fundação como Dulce América, Fruto do Suor dentre outros, bem como uma coletânea de três CD’s e um comemorativo de 25 anos de carreira.
Alexandre Rodenas
Agência Universitária de Notícias
Música universal
Cada vez que ouço essas músicas (tarancon) sinto a profundidade e altitude desses músicos, é uma pena
não se ter uma divulgação forte da música latina , raíz que brada que instiga a querermos um mundo melhor,
que nos leva a questionarmos a nós mesmos. O queremos ? É a música que tenho vontade de fazer,de escrever
me inspira nessa busca tanto externa quanto interna. É o vôo do condor, da águia, da alma…
Música universal
Que saudades do Tarancón, de sua música forte, de Miriam Mirah…. Vi muitos shows do Tarancón, de quem era fã de carteirinha, com uma amiga querida, que já se foi…Onde está o Grupo? Gente como eles, artistas de tal calibre, que têm o que dizer, não podem “sumir”… Afinal, a arte é também reflexão, crítica, “sacudimento”, um convite a sair da passividade….Viva o Tarancón! Reviva o Tarancón!
Música universal
Reencontrar o Tarancón, seria reviver nossos sonhos no sentido mais profundo dos valores humanos. Seria questionar nossa memória até o extremo, seria perder o nosso pretenso e falso chão conquistado por nosso amadurecimento litárgico. Seria redescobrirmo-nos jovens, estivadores e idealistas,…. ah!!! Idealistas!!! Que preço horrivel pagamos pelo chão em detrimento ao azul do céu. Viva o céu! Me conserve com a cabeça azul dos meus18 anos, e aí, meu corpo cinquentenário tudo poderá suportar.
Música universal
As músicas de tarancon ou do grupo de raizes de américa, tocan fundo na alma, porque falam da dor, da alegria da esperança e da liberdade dos povos andinos e tanto outros com semelhantes trajetorias.
Quando aqui vinham não perdia um show, pela riqueza de expressão da arte, harmonia e humanidade de cada um de seus componentes. De seus recursos instrumentais: charango, zamonia, quenia e outros tantos. São grupos que devem estar sempre presente! ouví-los é sempre uma beleza!
Lembranças do Tarancon
Sou fã de Tarancón e de outros grupos latinos do género, só quero tirar uma dúvida do artigo no qual se dá como autora da música Volver a los 17 a Mercedes Sosa, mas acredito que esta música é também de Violeta Parra e existe uma gravação de Violeta desta canção.
Raul Munhóz
Lembranças do Tarancon
Olá companheiro!
Meu nome é Carlos e moro aqui em Tocantins-MG. Por acaso descobri este site cuando procurava músicas do Tarancon(letras e/ou musicas em MP3). Acaso você sabe onde encontrar algum site que tenha todo o trabalho do Tarancón? Se tiver algun endereço, por favor me avise. Meu e-mail é: nuevosrumos@yahoo.com.br . Desde já agradeço.
Lembranças do Tarancon
olá! sou a Lia e amo também o Tarancón ñ achei quase nada também, mas no you tube achei o video do festival de 1985 com a canção Mira Ira cantado pelo Tarancón e também pelo Raíces de América em 2005.abraços. LIA.
Lembranças do Tarancon
Carlos tenho todos os cds e vinis do grupo tarancón, inclusive na minha festa de 50 anos eu trouxe esse grupo aqui em Perdões MG para fazer show de 2 horas de duração realizei meu sonho.Sou músico e toco várias músicas do grupo tarancón, raices de américa, mercedes sosa joan baez etc. Inclusive mantenho-me contato direto com o grupo tarancón na pessoa integrante o Jorge super amigo e muito bacana. Qualquer dúvida você pode manter contato direto comigo pelo meu email
Lembranças do Tarancon
meu amigo, estava procurando pelo tarancon quando descobri esta pagina e vc diz que tem tudo do tarancon.olha fiquei muito feliz pois finalmente alguem diz que tem tudo desse magnifico grupo.olha eles fazem parte de minha historia foi no ano de 1986 no campos da UFPE que vi o shou deles foi um momento magico que até hoje não teve nada igual, naquele momento desejei que todo o mundo estivesse ali assistindo aquele shou inesquecivel.amigo gostaria de saber se é possivel conseguir um CD do trabalho Terra brasilis que tem entre outra a musica Mira ira, se for possivel mande um email para: jaildoxavier@hotmail.com. um forte abraço.
Lembranças do Tarancon
Gostaria de adquirir CD’s do Grupo Tarancon.
Lembranças do Tarancon
carlos sou o Jaildo tambem gostaria muito do trabalho do grupo principalmente o Terra Brasilis.não sei se vc já conseguio algo mais se conseguir e puder passar algo para esse fã do grupo e que mora aqui no norte do país onde tudo é mais dificil agradeço muito.jaildoxavier@hotmail.com
Lembranças do Tarancon
Olá Raul.
Que eu saiba a Mercedes nunca escreveu uma só letra. Ela só interpreta lindamente as músicas dos outros. Essa música de fato é da Violeta Parra.
Lembranças do Tarancon
Que maravilha poder ver que muita gente curtiu e ainda curte o tarancon, ouvi muito e sou fã. Recentemente em uma apresentação da Orquestra filarmônica do Estado de são Paulo (se apresentaram em Nova Friburgo/RJ) tive a alegria de rever (meu marido que os reconheceu) Turcão e Jica foi uma volta no tempo. Onde andam porque não voltam. Gostaria de adquirir, se alguém souber, discos deles.
Lembranças do Tarancon
Lembro da primeira vez que ouvi grupo Tarancón, foi 1977, lp “Gracias a la vida”, pra mim foi um marco na minha vida, com sopros das flautas andinas, o “rasgueo” do charango, vozes entrosadas nas canções ibero-americana (pois a música ‘En la mina el Tarancón’ é de motivo asturiano, Espanha). Foi o grupo que me fez gostar da música cancioneira do nosso continente, de tantos grupos folclóricos e compositores imortais como Victor Jara, Atahualpa Yupanqui, Daniel Viglietti, etc. Sinto Saudades desse grupo. Viva América!