Projeto Cidades Invisíveis inicia 2ª etapa e prepara filmagens em nove municípios mineiros

De 6 a 10 de outubro, a Rede Minas de Televisão e as ONGs Contato e Fábrica do Futuro promoverão, em Cataguases, a segunda etapa do projeto CIDADES INVISÍVEIS, centrada no debate sobre a convergência digital. Os participantes se reunirão para uma nova rodada de oficinas e discussões, desta vez, mais práticas e técnicas, direcionadas especialmente para as questões que envolvam a difusão, a criação e a produção de conteúdo para a TV Digital e a sua relação com as novas mídias (software livre, câmeras digitais e internet). O projeto é desenvolvido em parceria com o Ministério da Cultura.

Inspirado no romance “Cidades Invisíveis” do escritor italiano Ítalo Calvino -no qual o navegador Marco Pólo descreve sua viagem fantástica por cidades imaginárias- o projeto propõe aos integrantes de Pontos de Cultura de nove municípios mineiros (Ouro Preto, Divinópolis, Januária, Juiz de Fora, Pirapora, Uberlândia, Viçosa, Pouso Alegre e Araçuaí) a busca por novos olhares sobre suas cidades, promovendo a diversidade cultural mineira. Em cada uma dessas localidades, os jovens realizadores desenvolverão dois argumentos ou pequenos roteiros para a produção de vídeos de curta duração, em alta definição, que serão posteriormente veiculados na programação da Rede Minas.

OFICINAS
Na etapa de Cataguases, os participantes, além das oficinas e discussões sobre o uso de novas tecnologias digitais, serão orientados sobre os temas que pretendem trabalhar, dando início à construção dos seus roteiros e o planejamento das filmagens. Entre os convidados para esta “residência criativa” estão o professor da UFMG, Rodrigo Minelli (Oficina de Tecnologia e Criação); os representantes da ONG Contato, Gustavo Jardim e Daniel Perini (Oficina de Dispositivos de Criação); o cineasta Guilherme Fiúza (Oficina de Audiovisual – Produção e Direção) e o especialista em sistemas multimídia, Raoni Kulesza, um dos estudiosos do Middleware Aberto do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), o Ginga Brasil.

O que é o Middleware Ginga Brasil – O middleware é um software livre que oferece uma série de facilidades para o desenvolvimento de conteúdo e aplicativos para a TV digital, entre elas a possibilidade desses conteúdos serem exibidos em diferentes sistemas de recepção (TV, celular, palm top, etc). O Ginga Brasil é constituído por um conjunto de tecnologias padronizadas e inovações brasileiras que o torna uma das especificações de middleware mais avançadas, podendo ser utilizado por usuários sem qualquer conhecimento prévio de programação. O nome Ginga foi escolhido “em reconhecimento à cultura, arte e contínua luta por liberdade do povo brasileiro”.

* As oficinas acontecerão no Instituto Francisca de Souza Peixoto (Praça Manoel Inácio Peixoto, 96 – Centro), de 7 a 9 e outubro, de 8h30 às 18h. As exibições de filmes e o encerramento serão na sede da Fábrica do Futuro (Av. Humberto Mauro, 340 – Centro).

GRAVAÇÕES REGIONAIS
Nas gravações regionais, a serem executadas de 02 a 22 de novembro, uma equipe de produção (operador de câmera, operador de áudio, e dois produtores) percorrerá cada uma das nove cidades e auxiliará os participantes na captação das imagens. Após o trabalho de filmagem, um editor visitará cada município para fazer uma pré-edição do material. A edição final será realizada em Belo Horizonte, com o acompanhamento dos participantes, por meio de ferramentas de comunicação à distância (videoconferência, postagem das edições na WEB, skype e email).

PONTOS DE CULTURA PARTICIPANTES – Ouro Preto – Timbale; Araçuaí – Cinema Meninos de Araçuaí; Viçosa – Cultura Folclore de Viçosa; Divinópolis – Fundação Educacional de Divinópolis; Pouso Alegre – Formação de Cinema e Vídeo Digital; Juiz de Fora – Ponto G de Cultura – Movimento Gay de Minas Gerais; Buritizeiro – Folclore nas Barrancas do São Francisco; Januária – Música e Artesanato: Cultura Tradicional no Norte de Minas; Uberlândia – Associação Balé de Rua

SAIBA MAIS SOBRE O PROJETO
O projeto CIDADES INVISÍVEIS tem a proposta de ampliar a formação dos profissionais do audiovisual e fomentar novos núcleos de produção em Minas Gerais, através da interlocução entre Pontos de Cultura e TV’s afiliadas à Rede Minas, em parceria com o Ministério da Cultura (MINC) e as ONGS Contato e Fábrica do Futuro. O objetivo é fortalecer a rede de relacionamentos entre as regionais da emissora mineira, proporcionando uma troca efetiva de conteúdo audiovisual. Para participar, foram convidados pontos de cultura com forte atuação nas nove regiões selecionadas, dando preferência aos que tinham atividades focadas em cultura, produção audiovisual, juventude e formação artística.

Na primeira etapa do projeto os participantes passaram três dias, de 26 a 28 de agosto, por um período de formação, chamado de ciclo de debates “Fórum BH”, chamado clico de debates “Fórum BH”. O foco era discutir sobre as características da produção de conteúdo para TV; o entendimento dos avanços, desafios e expectativas da TV pública e da TV digital no Brasil; e o desenvolvimento de hipóteses narrativas com o uso das novas tecnologias da informação.

De encontro com os debates sobre o desenvolvimento da TV pública e da TV digital no país, o projeto irá atuar, por um lado, na apropriação e democratização do acesso às novas tecnologias, formando profissionais aptos a produzirem conteúdos; por outro lado, na interiorização da programação da Rede Pública, levando aos espectadores novas experiências e relatos sobre a diversidade cultural em Minas Gerais.

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