A situação, mesmo antes deste último cancelamento, já preocupava as comissões que vem mobilizando a população em quase todo o país. Sem este regimento não é possível realizar as etapas locais da conferência de comunicação porque regras como a eleição de delegados não estão definidas.
Em estados como o Paraná, onde o governo estadual já convocou a conferência os movimentos sociais aguardam o regulamento para os próximos passos. Alagoas e Piauí também já tiveram as etapas estaduais convocadas.
Para estados como São Paulo a situação não é menos preocupante: o governador está sensibilizado para convocar a etapa no estado, mas só vai assinar o decreto depois das cartas serem dadas em Brasília.
O executivo comunicou na segunda-feira (27/07) que a reunião seria cancelada. Não houve explicações. O mesmo havia acontecido no dia 9, mas com a justificativa de que os ministros precisavam de mais tempo para estudar o documento.
Na semana passada a reunião aconteceu apesar da retirada dos empresários, que impõe pauta específica para seguirem no debate. A informação veiculada pela Comissão Pró-Conferência Nacional de Comunicação é de que esta ausência foi o motivo pra o não fechamento do regimento. Na ocasião, o governo se comprometeu mais uma vez a realizar a I Confecom, mesmo que os empresários não queiram participar.
O Observatório do Direto à Comunicação frisou que o cancelamento é oposto às declarações de Lula na apresentação do projeto do Vale-Cultura, em São Paulo, na última quinta-feira (23/07). O presidente voltou a falar de compromisso com a realização da conferência. Lula também demonstrou certa indignação com o que chamou de “confusão” na organização do processo, o que pode ser referência a saída do empresariado.
Um nova reunião não foi agendada. (pulsar/direitoàcomunicação/CNPC)