Nasce a Rede Paulista pela Democratização da Comunicação e da Cultura

Foto: Frineia Rezende

Com uma carta de metas, bandeiras e ações para enfrentar os monopólios midiáticos, mudar políticas públicas e garantir direitos à comunicação, nasceu neste domingo, dia 21 de Outubro, a Rede Paulista pela Democratização da Comunicação.

A plenária de lançamento encerrou um encontro de três dias e um processo de um ano de preparativos, que foi marcado pela articulação entre grupos ligados à comunicação e movimentos sociais preocupados com ela.

“Este foi um processo construído passo-a-passo por diversas entidades, que, ao longo de um ano, refletiram sobre os temas centrais deste debate e formas de atuação da rede no estado de São Paulo”, disse Bia Barbosa, jornalista do Coletivo Intervozes e uma das articuladoras dessa construção.

As mesas, painéis e grupos de discussão do encontro enfrentaram e aprofundaram visões sobre os temas que mais preocuparam os grupos participantes durante o ano. Estão relacionados com a defesa das mídias alternativas, o combate a violação dos direitos humanos, a universalização do acesso às novas tecnologias através de políticas e investimentos públicos e governamentais, a interconexão entre comunicação, educação e cultura, a visibilidade da população e seus interesses na mídia.

Esses temas orientaram os desafios que a plenária chamou para si no domingo. E “as expectativas são muito positivas para o futuro da rede”, na opinião de Bia.

“A articulação lançada neste domingo vem consolidar o processo que é cada vez mais maduro em nosso estado. Não é à toa, portanto, que a Rede Paulista já nasce com a adesão de 23 entidades e veículos de comunicação alternativa”, avalia.

Essa participação inicial corresponde às entidades com representantes presentes ao fechamento da Carta do I Encontro, que já puderam assiná-la, embora os grupos que participaram do Encontro sejam mais numerosos e devam ainda manifestar adesão. ” A configuração da rede se dá de forma que muitas organizações e movimentos populares ainda devem se somar a ela”, explica a jornalista. ” A rede está aberta a adesões e esperamos que ela cresça, aglutinando cada vez mais novos defensores da bandeira da democratização da comunicação e da cultura”.

Lutar pela democratização da mídia tanto no que diz respeito a políticas e sistema de outorgas de radiodifusão quanto no controle social dos meios, combater a criminalização das lutas sociais, e defender as práticas não mercantilizadas de comunicação são algumas das preocupações que o I Encontro já traduziu em propostas de ações para as entidades e movimentos participantes.

“Saímos deste encontro com bandeiras políticas importantes e uma série de ações já definidas como prioritárias para o próximo período. É em torno delas que daremos continuidade à nossa organização, para que a luta pela democratização e da cultura deixe de se dar de forma pontual e passe a ser um tema em permanente debate em nosso estado” avalia. “Esperamos que o espaço da rede dê conta desta missão”, aposta.

“A próxima batalha desta grande luta já tem data marcada”, avisa Bia. A Rede Paulista pela Democratização da Comunicação e da Cultura se reúne no dia 10 de novembro.

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