Acabou.
Após quatro dias de discussões, defesas, oposições, questões de ordem e muita proposta, encerrou-se há pouco a primeira Conferência Nacional de Comunicação (Confecom).
Marcelo Bechara, presidente da Comissão Organizadora, celebrou o fim do processo. “Agora, é caminhar para a segunda Conferência”, disse.
Ao final da votação das propostas, apesar de todos os embates e animosidades entre os segmentos, o clima foi cordial de elogios à disposição de diálogo e à construção de pontes entre setores com visões diferentes.
“Todo mundo aprendeu, tinha muito cano entupido, muito bicho-papão, muita gente com medo”, afirma João Saad, presidente do grupo Bandeirantes e da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra). “Para mudar profundamente uma coisa, é preciso negociar. Posições radicais não conseguiram levar, o que acho saudável para a democracia brasileira”, sustenta.
“Ninguém saiu daqui ganhando, porque todo mundo cedeu um pedaço”, prossegue Saad. “Ainda tem coisas para serem corrigidas e muitas coisas inócuas já previstas na Constituição, mas não adiantava brigar por tudo”, defende.
Representantes dos movimentos sociais também comemoraram o feito. A maior parte das propostas do setor foram aprovadas, segundo eles. Além do Conselho Nacional de Comunicação, o controle social, internet de banda larga com velocidade suficiente para garantir a comunicação de deficientes auditivos e mais uma lista de mais de 650 propostas.
A maior parte dos delegados se desloca para o aeroporto.
O balanço completo da Confecom é tema de reportagem da edição de janeiro (número 43) da Revista do Brasil.
Da Redação