Depois de quatro dias de discussão, o relator do Simpósio Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais, João Brant, organiza em três os eixos de medidas a serem tomadas a partir de agora no universo da digitalização de acervos no Brasil: formular políticas públicas (a partir do “livro branco” de intenções formulado no evento), discutir a arquitetura institucional (quem dá conta do quê?) e pensar uma iniciativa conjunta de acesso aos materiais (portal que centralize as buscas?).
Para Brant, os grupos de trabalho (GTs) tiveram desenvolvimento díspar e precisam amadurecer questões para estabelecer políticas comuns. O papel dos GTs deveria ser mais propositivo a partir de agora. Mesmo porque, para ele, o que está em discussão não é apenas a preservação e a memória, mas a viabilização do acesso ao patrimônio cultural – daí o problema dos direitos autorais que limitam a distribuição sem entraves.
Brant cita o professor da Universidade de Montreal, Jean-Claude Guedon, para comparar os acervos digitais a viveiros, não a monumentos. “Acervos são vivos, dinâmicos, requerem atenção o tempo todo, não é apenas para ficar olhando e admirando”, afirma. Um outro olhar é proposto para o próprio simpósio. “É um processo, não um evento.”
Veja a entrevista com o relator, em vídeo, abaixo.