Rumo ao 20 de Novembro

Em memória a Zumbi dos Palmares, comemora-se em 20 de novembro, como tem sido feito há mais de 30 anos, o Dia Nacional da Consciência Negra. A data marca a morte, em 1695, deste grande líder negro, responsável pela fundação do Quilombo dos Palmares, no Estado do Alagoas.

Na cidade de São Paulo (SP), desde 2004, o dia 20 é feriado municipal e, neste ano, a III Marcha da Consciência Negra estará novamente em ação. “É importante que tomemos as ruas neste dia, pois a população tem de saber quem somos e o porquê de tanta resistência, uma resistência ancestral”, salienta Deise Benedito, presidente da Fala Preta Organização de Mulheres Negras e membro, entre outros, do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR). “Se chegamos onde chegamos, foi devido a muitas vidas que foram ceifadas covardemente, em busca de liberdade, autonomia, e respeito.”

Deise destaca que Zumbi dos Palmares foi um jovem, e como todo jovem, teve a ousadia para mudar, para interferir. “Ele ousou, aproveitou todo o seu conhecimento para transformar o intransformável”, avalia. “Mas, ainda hoje, nossos jovens morrem covardemente, vítimas de assassinatos e crimes de autoria desconhecida, são sentenciados na calada da noite em todo o território nacional devido à cor da sua pele – e 70% dos jovens assassinados em São Paulo são negros.”

Por isso, comemorar a saga e a trajetória “zumbílica” de cada dia, segundo Deise, é hoje uma conquista do Movimento Negro. “O dia 20 de Novembro é um dia de debates e muita reflexão, não do denuncismo do racismo, mas da cobrança de implementações de políticas públicas para a população negra, e do monitoramento destas políticas, que combatam não só o racismo, mas também os efeitos nocivos perpetuados pelos 500 anos de escravismo em nosso país.”

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One thought on “Rumo ao 20 de Novembro

  1. Rumo ao 20 de Novembro

    Olá, meu nome é flaviana, uma menina de cor branca, pq de raça sou negra, india, branca….e sou candomblecista, me sinto mais negra q muitos negros q cpnheço. Enfrento muito preconceito ao assumir minha religiosidade. Muitos dizem: como uma branca pode ser de candomblé, sou com muito orgulho, muitos negros de minha religião, tem vergonha de sua cou como de sua condição religiosa, beijos fla d’osun

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