comunidades remanentes de quilombos do Pontal dos Crioulos, del
municipio de Amparo do São Francisco, denuncian que están siendo
víctimas de amenazas por parte de hacendados y empresarios de la
región. Los vecinos están siendo impedidos de pescar en la laguna de
los Campinhos, área cercana a la comunidad, y de utilizar las tierras
para la siembra de arroz.
El conflicto se arrastra desde 2002, cuando los hacendados
interrumpieron la entrada del agua hacia la Laguna de los Campinhos,
tradicionalmente utilizada por las comunidades quilombolas. Con esto,
muchos peces murieron y, consecuentemente, las familias pasaron a
tener dificultades para obtener alimentos. Para conseguir los derechos
sobre las tierras y las aguas, fue instaurado un proceso
administrativo para la demarcación del área de la laguna y la cesión
de uso por parte de las comunidades quilombolas.
Al mismo tiempo, también fue solicitado al Instituto Nacional de
Colonización y Reforma Agraria (Incra) la demarcación y titulación de
las tierras. En informe firmado por la Asociación del Territorio
Remanente de Quilombo Pontal dos Crioulos, los quilombolas afirman
que, la morosidad en estos procesos, “han colocado a las familias en
constante contacto con las amenazas de muerte de los hacendados.
A los quilombolas les ha sido impedido de utilizar los caminos que por
siglos han utilizado y son obligados a dar satisfacciones al entrar y
salir del Quilombo. La tensión en el quilombo es grande,
fundamentalmente, motivada por los insultos del hacendado, que provoca
situaciones de tensión y violencia”.
La denuncia fue reforzada esta semana por el abogado de las
comunidades, Rodrigo Machado. Según afirmó, la situación de las
familias está muy delicada y es necesario que los procesos de
demarcación – ya señalizados por el Incra – tengan lugar cuanto antes,
para aliviar la aprensión entre las familias. De acuerdo con los
quilombolas, muchos de ellos ya sufrieron amenazas de muerte y varios
casos ya fueron registrados en el Ministerio Público Federal.
Ante los hechos y la tendencia de endurecimiento de la situación, la
Comunidad solicita a las autoridades la cesión inmediata del Área
perteneciente a la Unión, para que la comunidad comience la siembra de
inmediato; protección de la Policía Federal a los Remanentes de
Quilombo y a las personas que contribuyen con el proceso de
organización y desarrollo de la Comunidad.
Agilización del laudo antropológico y titulación de las tierras
pertenecientes a la Comunidad Remanente de quilombo Pontal dos
Crioulos; medidas para cohibir la entrada de la policía civil y
militar en la Comunidad quilombola; e instauración de proceso para
investigar las amenazas de los citados hacendados contra las
comunidades quilombolas.
Traducción: Daniel Barrantes – barrantes.daniel@gmail.com•
[pt_br]No Estado de Sergipe, as quatro comunidades remanescentes de quilombos do Pontal dos Crioulos, do Município de Amparo do São Francisco, denunciam que estão sendo vítimas de ameaças por parte de fazendeiros e empresários da região. Os moradores estão sendo impedidos de pescar na Lagoa dos Campinhos, área próxima à comunidade, e de utilizar as terras para o plantio de arroz.
O conflito se arrasta desde 2002, quando os fazendeiros interromperam a entrada da água para a Lagoa dos Campinhos, tradicionalmente utilizada pelas comunidades quilombolas. Com isso, muitos peixes morreram e, conseqüentemente, as famílias passaram a ter dificuldades para obter alimentos. Para conseguir os direitos sobre as terras e as águas, foi instaurado um processo administrativo para a demarcação da área da lagoa e a cessão do uso para as comunidades quilombolas. Ao mesmo tempo, também foi solicitada ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a demarcação e titulação das terras.
Em relatório, assinado pela Associação do Território Remanescente de Quilombo Pontal dos Crioulos, os quilombolas afirmam que a morosidade nestes processos “tem colocado as famílias em constante contato com as ameaças de morte dos fazendeiros. Os quilombolas têm sido impedidos de utilizar as estradas que secularmente utilizam e são obrigados a dar satisfações ao entrar e sair do Quilombo. A tensão no quilombo é grande, principalmente motivada pelos insultos do fazendeiro, que provoca situações de tensão e violência”.
A denúncia foi reforçada, esta semana, pelo advogado das comunidades, Rodrigo Machado. Segundo afirmou, a situação das famílias está muito delicada e é necessário que os processos de demarcação – já sinalizados pelo Incra – ocorram o quanto antes, para aliviar a apreensão entre as famílias. De acordo com os quilombolas, muitos deles já sofreram ameaças de morte e vários casos já foram registrados no Ministério Público Federal.
Diante dos fatos e da tendência de acirramento da situação, a Comunidade solicita às autoridades a cessão imediata da área pertencente à União, para que a comunidade inicie o plantio imediato; proteção da Polícia Federal aos remanescentes de quilombo e às pessoas que contribuem com o processo de organização e desenvolvimento da Comunidade; agilização do laudo antropológico e titulação das terras pertencentes a comunidade remanescente de quilombo Pontal dos Crioulos; providências para coibir a entrada da Polícia Civil e Militar na comunidade quilombola; e instauração de processo para apurar as ameaças dos citados fazendeiros contra às comunidades quilombolas
Quilombolas ameaçados
Meu comentário é simples, é muita pena que nossa justiça seja tão morosa ou faça pouco caso da dor de quem é vitima de interesses inescrupulosos, como é o caso dos afro-descendentes e índios no nosso país. Quando será o dia da justiça?
Quilombolas ameaçados
O QUE ESTA ACONTECENDO È UMA VERGONHA PARA ESSES FAZENDEIROS
Quilombolas ameaçados
Comunidade Remanescente de Quilombo Campinhos Vivencia novos conflitos com Fazendeiros
O conflito recomeçou no dia 23 de junho do corrente, quando o empregado do fazendeiro José Edvan do Amorim avançou com o seu cavalo na direção de dois jovens quilombolas no intuito de pisa-los. A seqüência de violência e ameaça continuou, no dia 23 de julho, quando a Comunidade semeava o arroz, na Lagoa Natural dos Campinhos, foi surpreendida pelo Senhor Givaldo (empregado de José Edvan do Amorim) que, de porte de um revolver, fez várias ameaças, dizendo ser à mando do seu patrão.
Agravando ainda mais o clima de tensão na Comunidade, o Sr. Givaldo, no dia 31/07/2007, colocou os cachorros da fazenda para matar as ovelhas pertencentes aos quilombolas. Nesse episódio várias ovelhas saíram machucadas e uma morta. O clima é de muita tensão, mesmo porque por reiteradas vezes o empregado do Fazendeiro tem dito que o seu maior prazer é “ver um negro, do quilombo, amanhecer com a boca cheia de formiga”.
Esse conflito de arrasta há 05 (cinco) anos. Várias promessas de solução do mesmo não conseguem sair do papel e do discurso governamental. Exemplo do descompromisso com os quilombolas é o fato de desde meados do ano de 2006 a GRPU ter sob o seu domínio legal uma área de terra, nas proximidades da Lagoa Natural dos Campinhos, e embora os quilombolas tenham reivindicado o seu uso para minimizar a fome existente, nenhuma medida efetiva foi tomada nesse sentido. Em uma reunião no Ministério Público Federal/Procuradoria da República em Sergipe ficou acordado que em um prazo de 40 (quarenta) dias o INCRA, através de uma articulação com Governo do Estado de Sergipe viabilizaria uma cerca para que as famílias pudessem plantar, ainda no inverno de 2007. No entanto, passou-se, aproximadamente, 60 dias da reunião e nada foi feito. O fato é que as quase 200 famílias passam fome, enquanto a área da União é utilizada para engordar o gado do Senhor José Edvan do Amorim.
Essa situação é o reflexo da morosidade e da falta de compromisso das instâncias governamentais com as comunidades quilombolas. Tememos a qualquer hora vermos o nosso sangue derramado, uma vez que a comunidade vem sendo cercada por homens armados, que imprimem medo e tencionam o cotidiano das famílias quilombola de Campinhos, no Município de Amparo do São Francisco.
Quilombolas ameaçados
Conheço essa tecnologia da fome tão perpertrada ao longo desses seculos de dominação latifundiaria e tambem conheço o esforço heroico e resistente numa luta pela por direito, respeito, liberade e principalmente o direito inalienavel a vida e a alimentação. Inadimissivel que tais fanzendeiros continuem a espoliar toda aquele gente que desejam tão somente terem suas dignidades respeitadas e concerteza isso causa idiganação por saber que o espirito decrepto do escravocratas continuam andando por ai.