Pacto afro-diaspórico

Foto: Ascom CIAD

O fim da II Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora – II CIAD, foi marcado pelo lançamento da Declaração de Salvador, onde se reconhece a importância da participação do presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que abriu os trabalhos da Conferência.

Em síntese, o texto agradece a participação dos presidentes de Botsuana, Cabo Verde, Gana, Guiné Equatorial e Senegal, bem como da primeira ministra da Jamaica, do vice-presidente da Tanzânia e do presidente da Comissão da União Africana.

Concorda que as comunidades de origem africana enfrentam dificuldades de variada natureza em seus países e um real encontro da Diáspora com suas raízes ancestrais tem papel fundamental na superação dessas dificuldades, podendo os governos e a sociedade civil contribuir para as soluções por meio de uma maior consciência da cultura africana.

Propõe que o governo brasileiro – anfitrião da IICIAD – e União Africana deverão considerar a criação de um Centro Internacional da África e da Diáspora que funcionaria como um dos pontos de referência para ampliar a cooperação entre as organizações e instituições acadêmicas, intelectuais e artísticas africanas e da Diáspora, promovendo reuniões setoriais, projetos científicos, seminários, manifestações artísticas e encontros de jovens, a fim de adensar e encorajar um pensamento africano mundial.

Declara que a concretização do Renascimento Africano é elemento essencial para que o século XXI inicie uma era em que todos os povos e países tenham acesso à riqueza e à cultura, em pleno respeito da dignidade, dos direitos e dos valores das crianças, mulheres, idosos e homens de todas as etnias e crenças.

A União Africana deverá estabelecer um Comitê de Coordenação de intelectuais para auxiliar a Comissão a União Africana nos preparativos da III CIAD.

Jeanice Dias Ramos

Reg. Prof. 3993

De Salvador

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