Foto: Panikinho
Não só de militantes adultos é feito o CONNEB, mas também de jovens que desde cedo vivenciam as questões fundamentais que estão sendo abordadas no evento que ocorre em São Paulo, na Universidade Zumbi dos Palmares.
Quatro jovens, Tarick de 11 anos, Adriano de 13 anos, Júnior de 14 anos, ambos do Rio Janeiro e Diogo de 13 anos, de Minas Gerais, foram entrevistados e contaram um pouco sobre suas expectativas e sobre racismo na escola.
O que vocês fazem no Congresso?
Todos: Fazemos parte da juventude do movimento negro.
De qual organização vocês fazem parte?
Tarick, Adriano e Júnior: Somos do MNU.
Diogo: Eu sou do Cenarab.
Qual a expectativa de vocês sobre o Congresso?
Diogo: Encontrar uma forma de não haver discriminação entre negros e brancos.
Júnior: Aprender. Estamos sempre nos encontros porque queremos aprender. Por exemplo, a minha tia sempre leva pessoas da favela em que ela mora para os encontros com a intenção de trazer as pessoas para aprender sobre a luta anti-racista.
Diogo: A minha mãe disse que nós somos os futuros lutadores. Então, temos que aprender desde sempre.
E sobre o racismo na escola, vocês sofrem algum tipo de preconceito?
Adriano: Lá na escola me chamam por Angolano, até gosto, já me acostumei. Mas, tem alguns que falam com deboche… Aí eu discuto e tento mostrar que estão sendo racistas.
Júnior: Às vezes as pessoas são muito racistas, eu não podia falar nada, mas sempre converso sobre isso com a minha tia e com a minha mãe. Então, no mês passado a minha tia junto com outras pessoas fizeram um projeto contra o racismo lá na escola, teve um bom resultado. Ao menos as pessoas participaram.
Tarick: Bom, na minha escola a maioria das pessoas é negra, então não sofro preconceito.