Josafá Araujo ou Fafá Araujo, baiano de Salvador, formado em pedagogia na USCAL desenvolve atividades na área da educação infantil. Sua paixão pela fotografia nasceu em 2009, buscando sempre uma harmonia entre os objetos fotografados.
A série “Diáspora Revelada: Retratos sobre Ancestralidade, Cor e Poesia”, propõe reinvenções, buscando sintonizar inquietações visuais, através da narrativa dos valores da existência negra diásporica: Ancestralidade, identidade e resistência.
A fotos foram produzidas durante o encontro Yle D’Erê em setembro, realizado pela Casa do Boneco de Itacaré.
“Se não for para fotografar a alma
Não me serve
Se a foto não traz cheiro
Pra mim, não me serve.
Se a imagem não toca, não traduz o
Sentimento inspirado pela exatidão do instante,
Pra mim não serve
Serve-me todo momento congelado que instiga êxtase
Plumagem voando pelo ar,
Galho seco que corre pelo riacho,
Um fiapo de esperança que nasce a cada dia,
Gotas de orvalho que acompanham o amanhecer
Sorriso de criança, de velho, de menina, de menino chorão.
Se não for como a sutileza da alma,
Não se viu o encanto
E a foto não existe
Sem isto, eu não sou poeta
Desse jeito eu não sou fotografo-
Fafá Araujo”