Espírito Santo têm uma forte ligação com a África, porque, além de ser o Estado brasileiro com uma densidade populacional negra muito grande, aqui o conhecimento e o desenvolvimento na mineração, agrícola e agropecuário foram implantados pelas civilizações africanas que construíram as cidades, fundaram a história e falaram através do Barroco. Ou, ainda, pode-se perceber a herança das culturas Bantu vivenciada pelas comunidades religiosas irmanadas nos Ticumbi, Jongo; e Congados (Congo Moçambique e Angola).
O Espírito Santo a século vem preservando a cultura africana e afro-brasileira, através de suas manifestações culturais e religiosas. Entre tantas no ano de 2008, foi inaugurado o Curso de Extensão em História “Afro-brasileira; e Africana”, pelo NEAB – Núcleo de Estudo Afro-brasileiro, participação da UFES – Universidade Federal do Espírito Santo, SEDU – Secretaria Estadual de Educação, Movimento Social Negro e da comunidade capixaba interessada na reconstrução da memória do povo negro, bem como na prospecção comercial da África pelas empresas voltadas para a formação de pessoal especializado em planejamento, desenvolvimento social e econômico dos países africanos.
Com a realização do FESMAN em dezembro de 2009 no Senegal, sob o tema “Renascimento Africano”, artistas, grupos culturais e lideranças dos movimentos sociais negros debateram sobre a participação brasileira no Festival. Por essa razão foi criado o CESFESMAN – Comitê Espírito Santense do Festival Mundial de Artes Negras. Com a finalidade de viabilizar parcerias entre a organização do FESMAN, os Ministérios da Cultura do Brasil e do Senegal, o Governo do Estado e as Prefeituras Municipais, para que o Brasil, como país homenageado, tenha uma representação forte e expressiva no Festival. Incluindo os traços fundamentais das identidades étnico-raciais e socioculturais negro-africanas do Espírito Santo.
De todo modo, o Brasil; e o Espírito Santo querem ser partícipes ativas do renascimento africano, conceito que estrutura o Festival.